Uma música muito antiga
me habita de formas impensáveis,
me constrói de ares respiráveis,
que transporto e piro, em cantigas...
Um sentimento transcendente,
vazou-me ouvidos e bocas,
e em Flautas e Rabecas ocas,
cantei-me, e à esta minha gente...Nem sei, propriamente, de onde ou quem.
E sei que é de muitos lugares,
muitos cantos, diferentes pensares,
tão iguais, feito meu querer bem,
que canto como fossem pilares
da própria vida, ou de onde ela vem...