sábado, 16 de julho de 2011

Volte!

Entre prédios, ruas e tudo o que somos
Vagueia meu olhar que procura e encontra
Que a árvore da ilusão não nega seus pomos
Nem a solidão que nos assola é contra

Ao vagar perdido, sem sentido do meu olhar
(Vagar perdido é lenha da sua fogueira)
E seu fogo oco consome o meu sonhar
E no cavalo chucro da vida me deixa sem estribeiras

Agarrado nas crinas da cor da noite
Quase voando, solto, sobre o galope
E os meus erros funcionam como um acoite

Sobre o cavalo doido alternando o trote
(E o cavalo é meu olhar, que eu mesmo solte)
Hoje! Eu me desvagueio e me digo: Volte!

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