A criação é como um faminto predador
Que saliva ante a caça que caminha ao longe
Que imagina a carne saindo dos ossos, e o sabor
Que a presa em seu distante caminhar esconde.
A criação consome a energia criadora
E faz de quem cria predador e presa
Alimentado pela grande força libertadora
Arrebatado, e feito alimento posto à mesa.
A criação dá sentido ao sem sentido existir
Libertação de quem se entrega à prisão
Prender-se ao vôo arrojado de sentir
O peso alucinado e doce da paixão
Que obriga a criatura a criar até exaurir
A si mesma e ao fogo sagrado da criação!
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