Quando vim ao mundo, nesta forma que tenho
Vim, percebo, equipado e fadado à missão
De transformar tudo, do andar ao franzir do cenho,
Do meu jeito de cantar aos limites de minha compreensão
Do modo como entro por dentro dos matos que tenho
Nos internos da alma, nos frios e quentes do coração.
Vim pra cá, pois, pra o que tenho comigo transformar
Pra ser mais sincero, direto, afetuoso, leal, amigo,
Pra ser mais digno de fazer canções e as cantar
Pra poder, meu amor, cada dia estar contigo
E na beleza de todo dia ao seu lado acordar
Pra o que importa na vida, e pela vida a peleja suportar
E das formas antigas, dos vícios e erros sair
Em um novo tempo, pelo Amor que cintila brilhar
Nas velhas arapucas e laços nunca mais cair
E em formas novas, novas de novo me formar.
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