sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Senhor da Candura

Os olhos me mostram muito além do que posso ver
Os sentidos estão sempre muito aquém do meu sentir
A lida sentida pelo senso da poesia faz-me saber
Do que me permito neste inusitado existir

Em que exalo do meu corpo cor e paixão
Em cada gesto, cada música, cada nota vibrada
Cada nódoa alentada na esperança do perdão
Por quem sigo esta estrada, criança assustada

Pelo som, sopro, sino, símbolo de ternura
Que se expressa na laica fé sem limites
Com quem me realizo no Divino, Senhor da Candura

Senhor do inenarrável, de quem cantos e chistes
Chaves e sonhos de tão firme brandura
Eu canto como cego que da beleza dá palpites

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