terça-feira, 10 de abril de 2012

... e findos os ais

Enquanto aguardo, guardo minhas ansiedades
Guardo minhas propriedades, minhas perícias
Com que tenho tratado as oportunidades e as delícias
Que compõem estes sonhos que são minhas verdades.

Enquanto aguardo reflito sobre o cotidiano fardo
Re-penso as penúrias que tem se repetido a tantos dias
Re-teço minha gloriosa rede de amores e alegrias
Re-passo meus todos passo, ainda claudicantes, e aguardo...

Pois que a fé há de compor meus poemas por mim
Como a Luz compõe coloridos incríveis nos vitrais
Como o verde propõe florestas imensas aos capins

E a esperança na eternidade, que fez-nos construir catedrais,
Celebre as venturas que promete a vindoura vida sem fim
Em que sejam eternos os júbilos, e findos os ais.

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