quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Deixar de ser fera!

Caminhadas, cavalgadas no silêncio:
O vaso da alma caminha como quem coleta
Pedras coloridas e sem cores, todas diletas,
Seletas de rócheos sabores, dispostas em fio:

O fio das pedras por sobre onde caminho,
Em busca do lugar onde chegar vá me trazer,
Pouso pro cavalo, e onde meu corpo descer,
Da sela, e repousar na terra feita em ninho.

Ali, meu dolorido ser em busca, espera,
Ser de novo força e disposição de longe cavalgar
Pra perto, dar-me de encontro com o fim da quimera,

Onde a beleza da vida possa se mostrar sincera,
Senso da imensa alegria de onde me acertar,
Deste lugar onde eu possa deixar de ser fera!

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