Ouvindo no fim da tarde um canto de nhambu,
Marcando sua incrível digressão algorítmica,
Senti que o Cerrado, do pequi ao araticum,
Da Lavandeira ao Carcará, em sua essência anímica,
O Cerrado, àquele canto, sabia e sentia....
Os pios diminuindo a distância entre eles,
E aumentando os espaços de sons,
E não era apenas eu que os via...
Todo o Cerrado os sentia!
Da arara infinita
À garça branca vazia...
Da Saíra, da janela da minha cozinha, bonita,
Linda, marcando o contratempo,
Que a digressão do nhambu fazia,
Até o vento nas folhas da sucupira verdinha...
Tudo que havia,
Ao inconcebível compasso,
Acedia!
O nhambu, e seu compasso único
Ultimo auguro de um tempo
Concreto e telúrico!
Que em cada nascer do Sol,
No meu Cerrado nasce,
E já há tanto nascia...
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