quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Memórias cantadas por meu ser!

Cantigas ecoavam nas salas por onde eu passava...
Nas ruas onde o Sol superior iluminava o dia,
Com a certeza de que os passos, da dor, à alegria,
Nos dariam o canto definitivo de tudo, que em tudo soava...

Naqueles dias, o som das cordas dedilhadas de febre,
Suadas de tabaco e alcool, cantadas com rouquidão,
Tristes como uma casa fechada pelo luto e solidão,
Falavam de estradas e rotas que se abriam como quem cede,

Aos apelos das próprias lidas, todo dia, toda hora,
Como quem sonha com a liberdade que faz florescer,
Como quem se disponha a acreditar no que pode vir a ser,

Como um profeta que, asceta e bacante, por tudo chora,
Da sua própria inaudita alegria, nas cantigas de perceber,
Tão antigas as vitórias, as memórias, cantadas por meu ser!

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