quarta-feira, 23 de abril de 2014

Folha, e perfume encantado


Acontece que me vejo, e ao me ver me comovo,
De novo daqui, de dentro do tempo,
Indo cantar, inovar em mim meu canto/alento,
Que entoo solitário em meio ao meu povo.

Em meio ao meu meio, no vulto brilhante,
Cantando e sonhando num tão terno meneio,
De minha cabeça enquanto danço/vagueio,
Como um lobo que baila sua corrida vibrante,

Como uma galinha que corre pro outro lado,
Qualquer que este lado seja e quem nele,
E atravessar possa ser que se morra dele,

E mostrar mostre a graça que nos tem acompanhado.
Que o nosso lúpico bailar seja o Amor renovado,
E nas nossas florestas ser luar, ser folha e perfume encantado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário