E o canto espremido das horas,
feito o sumo das vinhas,
fronte ao estúrdio das provas
das novas e velhas quinquilharias
com que cada um renova seu guarda-roupas
onde guarda, cada um, as poucas
recordações de suas perdidas horas...
E como farei pra medir se estão belas as palavras?
Cada palavra que aqui se dá, veio de veios,
onde fluem em um rio de sentidos e meios,
e se encapelam em fortes, pastos de cabras,
voos pelo desmantelo, e certezas que não se acabam,
e firmezas que se fraquejam, e belezas que vem do feio,
e feiuras eternas que se desfazendo, do meio de tudo desabam...
Como que faço pra saber,
se o que escrevo é por si,
ou se precisa de um labor,
um tecer em que a agulha, em si,
pareça ela mesma nem perceber,
ou se atinar, ou dar valor...
Meus sucos escorrem no que escrevo.
Só isso.
Por isso, nem a Poeta me atrevo.
Nem por isso, da Poesia me esqueço.
feito o sumo das vinhas,
fronte ao estúrdio das provas
das novas e velhas quinquilharias
com que cada um renova seu guarda-roupas
onde guarda, cada um, as poucas
recordações de suas perdidas horas...
E como farei pra medir se estão belas as palavras?
Cada palavra que aqui se dá, veio de veios,
onde fluem em um rio de sentidos e meios,
e se encapelam em fortes, pastos de cabras,
voos pelo desmantelo, e certezas que não se acabam,
e firmezas que se fraquejam, e belezas que vem do feio,
e feiuras eternas que se desfazendo, do meio de tudo desabam...
Como que faço pra saber,
se o que escrevo é por si,
ou se precisa de um labor,
um tecer em que a agulha, em si,
pareça ela mesma nem perceber,
ou se atinar, ou dar valor...
Meus sucos escorrem no que escrevo.
Só isso.
Por isso, nem a Poeta me atrevo.
Nem por isso, da Poesia me esqueço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário