quinta-feira, 19 de março de 2015

Saúdo e vejo



A força da cabeça gritou na mata,
no brado da lida, que a cada dia,
na sanha bela desenvolve a liturgia,
da dança de guerra, na Paz inata,
na ponta da lança do tempo passando,
tudo seu sendo, Pai, do que é quando...

O grão, se vê, se veja, se seja e voe,
com lastro e com o vasto de verter,
e ver, e ser um com o que é meu arder,
meu estar na certeza do que em mim soe...
O Pai, o sumo, gumo da faca, meu um,
em casa, nas praças onde se hálita Ogun!

E eu só, por encontrado visgo,
voo e fisgo minha própria boca,
uma cabra inédita, mas não pouca,
berrando e dando leite e pão e figos...
Peixe que nado em lagos no mar,
o movimento de tudo, pode tudo mudar...

E saúdo e vejo,
Pai destes tempos,
Força dos ventos,
Saúdo e vejo!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário