Debret: Negra tatuada vendendo cajus, 1827 |
A rampa do bica,
do poço, neste sonho,
a pretinha de olho tristonho
carregando água e cantiga...
Vergonha repetida,
como normal, criança
preta desesperança,
desde nova sua lida...
E o desdém, e a ferida,
não fera só a menina,
fere o tempo e nossa sina,
e a bonita rampa, sentida,
mais que água traz,
o que havemos de nunca mais...
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