As palavras soltam-se
da propriedade das minhas
cabeça, boca, espinha,
e, desmaterializadas, soam-se...
O que era desejo e cheiro,
torna-se essência e vibração,que não se pega com a mão,
mas, das sensações, é tempero....
Eu, daqui, só as observo.
Não sou mais que auto falante,
apenas lacaio registrante,
não mais que humilde servo,
que se inebria, executanteda Poesia, esta, a quem sirvo.
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