domingo, 6 de abril de 2014

Meus cangaços



O me olhar nos olhos, me imagina,
Me dá calafrios de perceber a via
De caminhar sobre o fio que só desafia
E monta montanhas pra subir a sina.

Eu vejo o que meu espírito anseia,
Como as noites mais claras, nos altos
Nos rasos e soltos vaus sobre os saltos,
Raso antes da cachoeira, água cheia,

D'onde se vê o porto dos Bastiões,
Escouramento de hastes, domínio de hostes,
Cancelas de alarde e solfejo de odes,

Alaúdes de frades cantores de Sertões,
Antes dos Sertões de um nosso Euclides, 
Eu, meus cangaços onde o Amor sobrevive.

Nenhum comentário:

Postar um comentário