Caminho nas estradas entre espinhos
Me alinho e entro com sofreguidão
Que só Deus sabe o que me dói o caminho
De ser alguém procurando pela retidão
E eu sinto cada vez mais as dores
Amargo os sabores de ser tão torto
E também o doce de ver tantas flores
Que alentam a verdade de não ser morto
E seguir, vivo, cantante, alegre
Sentir o Sol que aponta com seu brilhar
A vida, eterna, que sempre pede
O dom meu da alegria, cantar, cantar
Pra além da dor, me peço, cede
Pra ser merecedor do lugar onde chegar
Violeiro, mas antes de tudo, Mambembrincante. mambembrincantes@gmail.com (61) 99255-4066
domingo, 31 de julho de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
Madeira e Mel
Os mistérios da sabedoria
Se escondem na mais simples ordem
O alto acima do baixo, e todo dia
A Luz do Sol permitindo que nos acordem
E nos mostrem que o tempo é Pai de tudo
Que a dor com o caminhar ao fim sucumbe
Que as cores compõem a primariedade do mundo
E o perdão a Paz nos corações infunde.
E a riqueza das florestas tem o perfume
Da Harmonia que está no centro e na beira
Onde Deus polvilha todo o lume
E enriquece de graça e brincadeira
A vida que em sua essência resume
A firmeza do mel e da madeira
Se escondem na mais simples ordem
O alto acima do baixo, e todo dia
A Luz do Sol permitindo que nos acordem
E nos mostrem que o tempo é Pai de tudo
Que a dor com o caminhar ao fim sucumbe
Que as cores compõem a primariedade do mundo
E o perdão a Paz nos corações infunde.
E a riqueza das florestas tem o perfume
Da Harmonia que está no centro e na beira
Onde Deus polvilha todo o lume
E enriquece de graça e brincadeira
A vida que em sua essência resume
A firmeza do mel e da madeira
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Prazos
Pela manhã, quando me afligem as cobranças
Do que devo fazer, do que é necessário
Enquanto se levantam e se preparam as crianças
Para mais um dia de pelejas e trabalho
Saio fora do mar de sonhos e fico no raso
Deixo as marolas doces e encantadoras
Pra me perguntar se na criação foi dado um prazo
Pra que me ajeite, e se ajeitem as coisas todas?
Se pra mim, torta Sucupira virá
Condição e tempo que permitirá
Apontar para o céu
E sonhar o vôo ao léu
Que, à liberdade,
Me levará?
Do que devo fazer, do que é necessário
Enquanto se levantam e se preparam as crianças
Para mais um dia de pelejas e trabalho
Saio fora do mar de sonhos e fico no raso
Deixo as marolas doces e encantadoras
Pra me perguntar se na criação foi dado um prazo
Pra que me ajeite, e se ajeitem as coisas todas?
Se pra mim, torta Sucupira virá
Condição e tempo que permitirá
Apontar para o céu
E sonhar o vôo ao léu
Que, à liberdade,
Me levará?
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Per si existir
Pelas pelejas que só o todo dia
Produz na vida de cada um
Sussurra-me o sopro de uma melodia
O infinito em tudo, e em lugar algum
Nas bandeijas em que entrega a dificuldade
Nas cerejas, que sobre o bolo deposita
Estando o bolo atrás do vidro da realidade
Pedindo a volta, pra pegá-lo e seguir a vida
Sigo o passo de ser este que canto
Nesta canção que assobio sem refletir
Que este meu canto se escuta em todo canto
Pois que esta luta se faz reproduzir
Por toda gente, nem sempre com muito encanto
Persisto ainda, a vida é persistir
Produz na vida de cada um
Sussurra-me o sopro de uma melodia
O infinito em tudo, e em lugar algum
Nas bandeijas em que entrega a dificuldade
Nas cerejas, que sobre o bolo deposita
Estando o bolo atrás do vidro da realidade
Pedindo a volta, pra pegá-lo e seguir a vida
Sigo o passo de ser este que canto
Nesta canção que assobio sem refletir
Que este meu canto se escuta em todo canto
Pois que esta luta se faz reproduzir
Por toda gente, nem sempre com muito encanto
Persisto ainda, a vida é persistir
quarta-feira, 27 de julho de 2011
A beleza de Ana
A vida se centra, se sensa
Sobretudo nos soslaios simultâneos
Sustentados na beleza, que venta
Da beleza dos traços de Ana!
Bela flor, que a
Luz do Sol,
Sublime,
Ilumina.
Presente
do Infinito,
A este ser,
Pequeno
E aflito!
Sobretudo nos soslaios simultâneos
Sustentados na beleza, que venta
Da beleza dos traços de Ana!
Bela flor, que a
Luz do Sol,
Sublime,
Ilumina.
Presente
do Infinito,
A este ser,
Pequeno
E aflito!
terça-feira, 26 de julho de 2011
A direção do novo
O vento sopra e aponta
Na direção do novo que surge
Que o tempo pra nós conta
A verdade que mostra e urge
Ensinar-nos a forma da toada,
Mostrar-me a árvore da vida
E suas folhas, de chuva, molhadas
Da força infinita de toda lida.
Pois que o vento há de levar
Adiante, pra além deste momento
A nova maneira, eterna, de caminhar
E voar, na força infinita do sentimento
Que sonha pelos ares ventar
A alegria expressa no Divino Instrumento!
Na direção do novo que surge
Que o tempo pra nós conta
A verdade que mostra e urge
Ensinar-nos a forma da toada,
Mostrar-me a árvore da vida
E suas folhas, de chuva, molhadas
Da força infinita de toda lida.
Pois que o vento há de levar
Adiante, pra além deste momento
A nova maneira, eterna, de caminhar
E voar, na força infinita do sentimento
Que sonha pelos ares ventar
A alegria expressa no Divino Instrumento!
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Pela manhã, caminhar
Nesta manhã de Sol e frios,
Olhando o mundo, o vento, o tempo,
Aceito olhar de frente o desafio
E caminhar até onde aguento,
(Ter) a força do que é necessário pra firmar
Os pés na senda que a Luz me mostra
E dar conta da ladeira por galgar
E vencer a peneira da ferida exposta,
Pelos erros que machucam os sentidos,
Pela dor que fere o meu andar,
E dificulta o meu seguir no sentido,
Do que está firmado ser o lugar,
Onde o meu viver tenha sentido,
Chegando pela manhã, lá, após caminhar!
Olhando o mundo, o vento, o tempo,
Aceito olhar de frente o desafio
E caminhar até onde aguento,
(Ter) a força do que é necessário pra firmar
Os pés na senda que a Luz me mostra
E dar conta da ladeira por galgar
E vencer a peneira da ferida exposta,
Pelos erros que machucam os sentidos,
Pela dor que fere o meu andar,
E dificulta o meu seguir no sentido,
Do que está firmado ser o lugar,
Onde o meu viver tenha sentido,
Chegando pela manhã, lá, após caminhar!
domingo, 24 de julho de 2011
Ligeiro
Poema ligeiro,
vento no campo.
No alto do outeiro,
A água e seu canto,
Bailado faceiro:
Morro abaixo,
Cascatas de encanto!
As flores em cachos,
Água molhada de cheiros!
vento no campo.
No alto do outeiro,
A água e seu canto,
Bailado faceiro:
Morro abaixo,
Cascatas de encanto!
As flores em cachos,
Água molhada de cheiros!
sábado, 23 de julho de 2011
Temos caminhado
As mulheres e os homens,
Sentimos a Luz do Caminho,
Mesmo quando,
Com os olhos fechados!
E feito mariposas cegas,
Seguimos,
Rumo ao Luzeiro,
De Deus,
Encantado!
Sentimos a Luz do Caminho,
Mesmo quando,
Com os olhos fechados!
E feito mariposas cegas,
Seguimos,
Rumo ao Luzeiro,
De Deus,
Encantado!
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Manhã de verdes, céu azul
Hoje é uma manhã gloriosa!
Na data de hoje, a muito tempo
Surgiu entre nós a obra imortal!
Veio do eterno o intento
Cobriu-nos com sua mão generosa,
Abriu-nos conhecimento ancestral.
Viva o conhecimento que cresce,
Em toda terra, em cada floresta
Atravez da raiz, vinda do alto
Do mais elevado que há no céu, desce
Alimentando em nós a flor que resta
Nos dando a força pra darmos o salto!
Que o conhecimento nos ligue no que afinal
Vem do infinito e floresce
Em cada, pedra, animal e Vegetal.
Que o conhecimento nos alimente com o pão
E nos dê a firmeza
Que nos sustenta e firma em Sagrada União!
Na data de hoje, a muito tempo
Surgiu entre nós a obra imortal!
Veio do eterno o intento
Cobriu-nos com sua mão generosa,
Abriu-nos conhecimento ancestral.
Viva o conhecimento que cresce,
Em toda terra, em cada floresta
Atravez da raiz, vinda do alto
Do mais elevado que há no céu, desce
Alimentando em nós a flor que resta
Nos dando a força pra darmos o salto!
Que o conhecimento nos ligue no que afinal
Vem do infinito e floresce
Em cada, pedra, animal e Vegetal.
Que o conhecimento nos alimente com o pão
E nos dê a firmeza
Que nos sustenta e firma em Sagrada União!
quinta-feira, 21 de julho de 2011
As alegrias do mundo
Vendo as flores que enfeitam o caminho
Penso: seu nascer decorre da jornada,
Com seus pesos, dores, dúvidas e espinhos
Sua beleza é antes de tudo conquistada
Pelo acúmulo de saberes que tem quem anda
Pela força do amor que sente quem passa
Pela dureza que o obstinado caminhar manda
Pra quem se atreve além da água mais rasa.
E entendo que daí virá toda alforria
Que da peleja nascerá o dom fecundo
De sonhar um tempo, em que todo dia
O prazer de viver o sentimento profundo
E transformar o penar em alegria
Será a nossa principal ligação com o mundo.
Penso: seu nascer decorre da jornada,
Com seus pesos, dores, dúvidas e espinhos
Sua beleza é antes de tudo conquistada
Pelo acúmulo de saberes que tem quem anda
Pela força do amor que sente quem passa
Pela dureza que o obstinado caminhar manda
Pra quem se atreve além da água mais rasa.
E entendo que daí virá toda alforria
Que da peleja nascerá o dom fecundo
De sonhar um tempo, em que todo dia
O prazer de viver o sentimento profundo
E transformar o penar em alegria
Será a nossa principal ligação com o mundo.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Estrada dos Elos
Na tabla rasa do viver cotidiano
Na gastura grande que acarreta do viver
Sonho o prazo acertado neste plano
Em que a lida possa me dizer
Porque, para que finalidade há de ser
O Sol arribar-se na vista de todos
E no fim do dia, depois de tudo percorrido, descer
E ocultar-se por trás dos, sempre, mesmos morros
E eu aqui, na peleja de subí-los
A estes morros, ladeira acima, canseira
Seguindo o astro distante, seu brilho
Sua Luz, que parece distante e ligeira
Prêmio pra quem segue constante nos trilhos
Na estrada dos elos, estrada certeira
Na gastura grande que acarreta do viver
Sonho o prazo acertado neste plano
Em que a lida possa me dizer
Porque, para que finalidade há de ser
O Sol arribar-se na vista de todos
E no fim do dia, depois de tudo percorrido, descer
E ocultar-se por trás dos, sempre, mesmos morros
E eu aqui, na peleja de subí-los
A estes morros, ladeira acima, canseira
Seguindo o astro distante, seu brilho
Sua Luz, que parece distante e ligeira
Prêmio pra quem segue constante nos trilhos
Na estrada dos elos, estrada certeira
terça-feira, 19 de julho de 2011
Do saciar a necessidade
No claro rompante deste dia,
Sigo as deixas, que Tu me deixas,
Meu Pai, fonte de toda Alegria,
Prá lá de minha inconstância, minhas queixas
Minhas dores, sabores, rebeldias...
Procuro seguir com o mínimo de alarde,
Em não demonstrar o profundo sofrimento
E continuar, apesar do ferimento que arde
E fazer parecer alegria meu padecimento
Na eterna esperança que me invade,
Que o dia novo há de saciar "com vontade"
Com vigor, com alegria, com presteza
Cheio da mais radiante e sincera verdade
Ornamentando de farturas nossa mesa
E nos saciando todas as necessidades.
Sigo as deixas, que Tu me deixas,
Meu Pai, fonte de toda Alegria,
Prá lá de minha inconstância, minhas queixas
Minhas dores, sabores, rebeldias...
Procuro seguir com o mínimo de alarde,
Em não demonstrar o profundo sofrimento
E continuar, apesar do ferimento que arde
E fazer parecer alegria meu padecimento
Na eterna esperança que me invade,
Que o dia novo há de saciar "com vontade"
Com vigor, com alegria, com presteza
Cheio da mais radiante e sincera verdade
Ornamentando de farturas nossa mesa
E nos saciando todas as necessidades.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
As unhas crescidas de um Violeiro
As unhas compridas de um Violeiro
Servem para escavar a vida
Arrancar da terra bendita
O sutento, o alento do celeiro!
As unhas compridas são o restante
Do instrumento ancestral da peleja
Que ao lado de arados, enxadas, sextantes,
Espadas e adagas cortantes,
geravam, e geram, o alimento!
E ainda há quem não veja!
As unhas compridas de um Violeiro,
São o justo oposto da vaidade!
São o se aceitar trabalhador brasileiro
Que sobrevive, sobrepondo-se às dificuldades!
As unhas compridas são na verdade
O testemunho visível em extensão
Pra quem quer ser Violeiro: obrigação
Do tamanho necessário da boa vontade!
Servem para escavar a vida
Arrancar da terra bendita
O sutento, o alento do celeiro!
As unhas compridas são o restante
Do instrumento ancestral da peleja
Que ao lado de arados, enxadas, sextantes,
Espadas e adagas cortantes,
geravam, e geram, o alimento!
E ainda há quem não veja!
As unhas compridas de um Violeiro,
São o justo oposto da vaidade!
São o se aceitar trabalhador brasileiro
Que sobrevive, sobrepondo-se às dificuldades!
As unhas compridas são na verdade
O testemunho visível em extensão
Pra quem quer ser Violeiro: obrigação
Do tamanho necessário da boa vontade!
domingo, 17 de julho de 2011
Uma melodia
Uma melodia tem escondida
Em suas voltas, laços e passeios
Tudo o que é necessário em uma vida:
Seus medos, acertos e anseios.
Uma melodia é o sopro do eterno
É a sombra insondável do absoluto
É o atemporal, pra além do antigo ou moderno
Tudo contido em seu espaço diminuto
Uma melodia, cada uma, é o Universo
Possibilita incontáveis harmonias
Ou apenas uma, que é o reverso
Da dispersão que torna as verdades fugidias
E que poderia encantar estes meus versos
E harmonizar o restante dos meus dias.
Em suas voltas, laços e passeios
Tudo o que é necessário em uma vida:
Seus medos, acertos e anseios.
Uma melodia é o sopro do eterno
É a sombra insondável do absoluto
É o atemporal, pra além do antigo ou moderno
Tudo contido em seu espaço diminuto
Uma melodia, cada uma, é o Universo
Possibilita incontáveis harmonias
Ou apenas uma, que é o reverso
Da dispersão que torna as verdades fugidias
E que poderia encantar estes meus versos
E harmonizar o restante dos meus dias.
sábado, 16 de julho de 2011
Volte!
Entre prédios, ruas e tudo o que somos
Vagueia meu olhar que procura e encontra
Que a árvore da ilusão não nega seus pomos
Nem a solidão que nos assola é contra
Ao vagar perdido, sem sentido do meu olhar
(Vagar perdido é lenha da sua fogueira)
E seu fogo oco consome o meu sonhar
E no cavalo chucro da vida me deixa sem estribeiras
Agarrado nas crinas da cor da noite
Quase voando, solto, sobre o galope
E os meus erros funcionam como um acoite
Sobre o cavalo doido alternando o trote
(E o cavalo é meu olhar, que eu mesmo solte)
Hoje! Eu me desvagueio e me digo: Volte!
Vagueia meu olhar que procura e encontra
Que a árvore da ilusão não nega seus pomos
Nem a solidão que nos assola é contra
Ao vagar perdido, sem sentido do meu olhar
(Vagar perdido é lenha da sua fogueira)
E seu fogo oco consome o meu sonhar
E no cavalo chucro da vida me deixa sem estribeiras
Agarrado nas crinas da cor da noite
Quase voando, solto, sobre o galope
E os meus erros funcionam como um acoite
Sobre o cavalo doido alternando o trote
(E o cavalo é meu olhar, que eu mesmo solte)
Hoje! Eu me desvagueio e me digo: Volte!
sexta-feira, 15 de julho de 2011
O tecido do tempo
Sobre o infinito tecido do tempo
O tempo tecido
Sobre todos os acontecidos
Que descambam para além
do fechamento do tampo,
Tombei fora o que não convém:
Angústias, mágoas e nódoas,
teimosias, e as alegorias que tanto,
eu, quanto tantos mais,
Que buscamos a Vida Nova,
Andamos procurando,
desde lá de traz.
No infinito tecido do tempo,
O tempo (todo) tecido,
Pelo que sonho viver,
E pelo que tenho vivido.
Viva a Viola Infinita de Deus,
(Sagrado Instrumento-Tear)
Que toca fios-melodias,
E tece vidas, e os tempos meus
E os tempos (de) todos
Todos os dias
O tempo tecido
Sobre todos os acontecidos
Que descambam para além
do fechamento do tampo,
Tombei fora o que não convém:
Angústias, mágoas e nódoas,
teimosias, e as alegorias que tanto,
eu, quanto tantos mais,
Que buscamos a Vida Nova,
Andamos procurando,
desde lá de traz.
No infinito tecido do tempo,
O tempo (todo) tecido,
Pelo que sonho viver,
E pelo que tenho vivido.
Viva a Viola Infinita de Deus,
(Sagrado Instrumento-Tear)
Que toca fios-melodias,
E tece vidas, e os tempos meus
E os tempos (de) todos
Todos os dias
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Cartas que me envio
Na solidão que todo ser encontra, enfrenta
Me sento de frente comigo e desfio as notas
Das verdades que sinto (quem é que aguenta?)
Das maldades e mistos de dor e sobras
Do que criei e crio nos devaneios de mim
Do que senti e sinto nas agruras de ser
Virado em saltos na busca do fim
Da gastura que tenho por não perceber
Que tudo que existe é o meu criar
Que tudo que tenho, e sou, eu o quis
Que a dor do infinito há de apagar
Este grito infinito que sempre me diz
Que a vida tem sentido no meu gargalhar
Que tudo se resolve só em ser feliz.
Me sento de frente comigo e desfio as notas
Das verdades que sinto (quem é que aguenta?)
Das maldades e mistos de dor e sobras
Do que criei e crio nos devaneios de mim
Do que senti e sinto nas agruras de ser
Virado em saltos na busca do fim
Da gastura que tenho por não perceber
Que tudo que existe é o meu criar
Que tudo que tenho, e sou, eu o quis
Que a dor do infinito há de apagar
Este grito infinito que sempre me diz
Que a vida tem sentido no meu gargalhar
Que tudo se resolve só em ser feliz.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Saíra na janela
Nesta manhã de céu imenso tão lindo
De cores e frios que todo ser respira
Nos veio deste céu o presente infindo
De vir nos acordar a bela Saíra.
Pássaro de três cores: amarelo, branco e verde
Em sintonia com a cor sem fim do azul do céu
Todo dia tem nos honrado com o sagrado flerte
Esta Saíra linda na janela que Deus nos deu
De cores e frios que todo ser respira
Nos veio deste céu o presente infindo
De vir nos acordar a bela Saíra.
Pássaro de três cores: amarelo, branco e verde
Em sintonia com a cor sem fim do azul do céu
Todo dia tem nos honrado com o sagrado flerte
Esta Saíra linda na janela que Deus nos deu
terça-feira, 12 de julho de 2011
Da alegria que nasce da dor
No dia de hoje amanheci com alegria
Era como nuvem, de uma vez ar e vapor
De uma volta reconheci neste dia
O prazer duradouro, que nasce da dor.
Que brota da vida em plantas e bichos
Que cresce nos campos e plantações
Que fecunda o eterno em todos os nichos
Que salta de abismos e colore rincões
Que a dor é o caminho do ensino
Que a vida ressalta, pros que no caminho,
Se ligam em seu mais alto destino
E o alegre voar há de tirar os espinhos
E fazer-nos sorridentes meninos
Alegres ramos, sem dor, nos arminhos.
Era como nuvem, de uma vez ar e vapor
De uma volta reconheci neste dia
O prazer duradouro, que nasce da dor.
Que brota da vida em plantas e bichos
Que cresce nos campos e plantações
Que fecunda o eterno em todos os nichos
Que salta de abismos e colore rincões
Que a dor é o caminho do ensino
Que a vida ressalta, pros que no caminho,
Se ligam em seu mais alto destino
E o alegre voar há de tirar os espinhos
E fazer-nos sorridentes meninos
Alegres ramos, sem dor, nos arminhos.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Tons de verde
Tons assim mais fortes e incorpados
Nuances de verduras mais frescas
Cortes de linhas escuras de lado a lado
E desenhos que inspiraram artes arabescas
Algumas folhas vão do esverdeado ao amarelo
Outras beiram os azuis claros e escuros
Algumas quase cinza com traços e alelos
As mais delicadas e as de semblante duro.
O verde das clorofilas em todo lugar
Carrega a esperança que faz mais amena
A vida que todo dia temos que levar
Pro sustento, pra lida nem tão serena
Que os verdes tão sabiamente sabem enfeitar
E mostrar que a cor da vida é verde plena
Nuances de verduras mais frescas
Cortes de linhas escuras de lado a lado
E desenhos que inspiraram artes arabescas
Algumas folhas vão do esverdeado ao amarelo
Outras beiram os azuis claros e escuros
Algumas quase cinza com traços e alelos
As mais delicadas e as de semblante duro.
O verde das clorofilas em todo lugar
Carrega a esperança que faz mais amena
A vida que todo dia temos que levar
Pro sustento, pra lida nem tão serena
Que os verdes tão sabiamente sabem enfeitar
E mostrar que a cor da vida é verde plena
domingo, 10 de julho de 2011
Maracambá
Mirabolas, mandangas e matracas,
Miçangas, mangabaias e possêidas,
Marababás, maiscambis e muzambaês,
Mandubins construídos a facadas!
Maracambá é assim:
Lugar foragido!
Sombra iluminada pelo sol do inconcebido!
Maracambá dos sonhos perdidos,
Da vida molhada,
Pela lua engraçada do pensar descabido!
Miçangas, mangabaias e possêidas,
Marababás, maiscambis e muzambaês,
Mandubins construídos a facadas!
Maracambá é assim:
Lugar foragido!
Sombra iluminada pelo sol do inconcebido!
Maracambá dos sonhos perdidos,
Da vida molhada,
Pela lua engraçada do pensar descabido!
sábado, 9 de julho de 2011
Viva o cavaleiro da Mancha
Viva o Cavaleiro Quixote
E o seu escudeiro da Pança
O mundo novo é mais forte
Nos olhos de toda criança
Que luta contra gigantes
E o faz como quem canta
E se embriaga em Cervantes
Fiel narrador da alegria infanta
Viva o Cavaleiro fracote
Com seu esquelético Rocinante
E seu gordo escudeiro, tão forte
Montado em seu burrinho claudicante
Ambos, sem temer a vida ou a morte
Construindo a saga mais brilhante
E o seu escudeiro da Pança
O mundo novo é mais forte
Nos olhos de toda criança
Que luta contra gigantes
E o faz como quem canta
E se embriaga em Cervantes
Fiel narrador da alegria infanta
Viva o Cavaleiro fracote
Com seu esquelético Rocinante
E seu gordo escudeiro, tão forte
Montado em seu burrinho claudicante
Ambos, sem temer a vida ou a morte
Construindo a saga mais brilhante
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Casa nossa
A cálida simetria
[em que habitamos em
Casa, teto, chão, morada
Folhas do tempo
Sementes da eternidade
Que voam vagas
No vento da vida
A cálida simetria
Que nos recebe
É que de nós
Transforma o mundo em
Casa, teto, chão, morada
Simetria de vigas
Caibros
Ripas
Telhas
Paredes
Alta ciência que nos acolhe
Terra transformada em leito
Espaço onde cada um, é nós
[em que habitamos em
Casa, teto, chão, morada
Folhas do tempo
Sementes da eternidade
Que voam vagas
No vento da vida
A cálida simetria
Que nos recebe
É que de nós
Transforma o mundo em
Casa, teto, chão, morada
Simetria de vigas
Caibros
Ripas
Telhas
Paredes
Alta ciência que nos acolhe
Terra transformada em leito
Espaço onde cada um, é nós
quinta-feira, 7 de julho de 2011
O que nasce da esperança
A esperança é a fonte eterna da força,
Que motiva-nos os passos e nos permite a jornada
Pra que não haja percalço que ao bom destino torça
E nos afaste do objetivo real de nossa caminhada,
Que é chegarmos à vida plena e prazerosa
Que é sermos felizes todos os dias
Que encontrarmos a Deus nas risadas gostosas
Que riremos em nossas horas vadias
Horas de ócio, que permitirão a criação
Horas regadas de fartura e de bonança
Tempo em que a lida será plena de benção
E o Pai Eterno nos dará como crianças
O sopro do alento que afasta a perdição
E a fartura sem sofrimento, que nasce da esperança
Que motiva-nos os passos e nos permite a jornada
Pra que não haja percalço que ao bom destino torça
E nos afaste do objetivo real de nossa caminhada,
Que é chegarmos à vida plena e prazerosa
Que é sermos felizes todos os dias
Que encontrarmos a Deus nas risadas gostosas
Que riremos em nossas horas vadias
Horas de ócio, que permitirão a criação
Horas regadas de fartura e de bonança
Tempo em que a lida será plena de benção
E o Pai Eterno nos dará como crianças
O sopro do alento que afasta a perdição
E a fartura sem sofrimento, que nasce da esperança
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Nau sem fim
Eu vi a nau sem fim velejar,
No mar de mim
Onde os horizontes se encontram em linhas de infinito
Vi a sombra do grande navio singrando o mar.
Onde as barras do oceano se acham além do tempo
Vi a sombra do Saveiro de Deus navegar
Onde céu e terra se beijam na eternidade
Vi a Divina Embarcação cortar as águas
Eu vi a nau sem fim velejar,
No mar de mim
terça-feira, 5 de julho de 2011
Árvores antigas
Árvores antigas
Cuja idade se lê
Nas rachaduras da casca
Na solidez das sombras
Na Paz da presença
Brotos que renovam o eterno
Na perfeição que é dinâmica
Na tranqüilidade eterna
Da dança das folhas ao vento
Na paz sem ressalvas
Do cotidiano crescimento
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Fio da Vida
A vida é um fio
Fraco fio ao vento
Presa a um novelo macio
Se desenrolando
[momento a momento
Barbante delgado da teia
Balançando por sobre a imensidão
Depois de cada noite, o Sol clareia
Com a luz, desfio de vencer a escuridão
Muitos fios unidos vencem o frio
Num milagre de união que é o tecido
Irmãos que se unem pra aquecer o vazio
E partilhar o calor compartido
No dom da vida, tecida fio a fio
Nas muitas vidas do pano amor produzido
domingo, 3 de julho de 2011
Esperando pelo filme
Esperando para ver o filme
Que repete a mesma história
Que vivo todos os dias
A esperança que me redime
E que possa viver a glória
De mudar para alegria
O final da pantomima,
E transformar o choro conhecido
Em pranto que não oprima,
Diferente do que tenho tido
E que a Luz do Sol revele
O futuro cheio de felicidade
Que se sinta à flor da pele
Pra que, da dor, nunca sinta saudade.
Que repete a mesma história
Que vivo todos os dias
A esperança que me redime
E que possa viver a glória
De mudar para alegria
O final da pantomima,
E transformar o choro conhecido
Em pranto que não oprima,
Diferente do que tenho tido
E que a Luz do Sol revele
O futuro cheio de felicidade
Que se sinta à flor da pele
Pra que, da dor, nunca sinta saudade.
sábado, 2 de julho de 2011
A Luz da Lua Nova nos galhos sem folhas
Galhos secos banhados pela Luz fria
Da Lua nova nesta noite de mistérios
Me lembram de um tempo que eu nem sabia
Em que viviamos neste mundo tão etéreo
Este mesmo mundo que agora vemos
Já nos pareceu distinto, era outro olhar
O por nós pensado, já cheiramos e lambemos
Já sentimos o mundo, antes de o pensar.
Nesta noite a Lua me remete certeira
Sua Luz de mãe me lembra os sabores,
De um tempo em que vida não era tão ligeira
E o tempo de vê-la era o dos amores,
E o encontro entre os seres era brincadeira
A Lua, e os galhos sem folhas, cantam estes rumores.
Da Lua nova nesta noite de mistérios
Me lembram de um tempo que eu nem sabia
Em que viviamos neste mundo tão etéreo
Este mesmo mundo que agora vemos
Já nos pareceu distinto, era outro olhar
O por nós pensado, já cheiramos e lambemos
Já sentimos o mundo, antes de o pensar.
Nesta noite a Lua me remete certeira
Sua Luz de mãe me lembra os sabores,
De um tempo em que vida não era tão ligeira
E o tempo de vê-la era o dos amores,
E o encontro entre os seres era brincadeira
A Lua, e os galhos sem folhas, cantam estes rumores.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Conviver com o formal
Todas as áreas da gestão do mundo
Dos governos, das instâncias e autarquias
São os lugares onde sinto mais profundo
O peso insuportável das minhas idiossincrasias
Os tempos, prazos, moldes e modelos
Fichas e fomulários, receitas e prontuários
Padrões, senões, protocolados apelos
Me são o fim do criativo ideário.
De que me encharco, meu ser inundo
Longe do que, tudo parece insensato
Afastado delas tudo se mostra imundo,
Das idéias que tornam o viver menos chato
Que criam o novo, e refazem o mundo,
E me mantém distante, em meu Universo abstrato.
Como, em nome do fecundo real,
Transitar, suportar,
Conviver com o formal?
Dos governos, das instâncias e autarquias
São os lugares onde sinto mais profundo
O peso insuportável das minhas idiossincrasias
Os tempos, prazos, moldes e modelos
Fichas e fomulários, receitas e prontuários
Padrões, senões, protocolados apelos
Me são o fim do criativo ideário.
De que me encharco, meu ser inundo
Longe do que, tudo parece insensato
Afastado delas tudo se mostra imundo,
Das idéias que tornam o viver menos chato
Que criam o novo, e refazem o mundo,
E me mantém distante, em meu Universo abstrato.
Como, em nome do fecundo real,
Transitar, suportar,
Conviver com o formal?
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