segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Da morte

A morte me brindou esta manhã com sua suave presença
No vento leve e frio que acaricia todo dia, o dia
A muito bela senhora mostrou, com um beijo, sua sentença
De me lembrar que viver é antes de tudo, sua alegria
De ser um ser que vive esperando o que a ela pertença

A morte, irmã sem separação do que é da Luz
Mostrou-se fina e impecável como é de seu feitio
Elegante, completa, insofismável Amor que Re-Luz
Alívio eterno ao desconforto do fastio
Pujança de amparo que ao poeta sempre seduz

Pois foi ela, a moça do laço de ouro
Que me visitou e me lembrou do que sobra
Na presença gloriosa do seu mais lindo tesouro
Que é a largura menina que de seu ser se desdobra
No tempo que sua chegada promete vindouro!

A morte não tem solução por que já é,
O presente da natureza que a tudo renova
Violas infinitas cantem sua melodia-mulher
Infinitas Harpas se desdobrem em muitas mais Violas
Que a Senhora do Sempre Novo se faça no que Deus quer

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