No momento em que a marcação humana dos ciclos
Nos diz que um tempo se encerra, e outro se inicia
Celebramos a certeza de que o dia novo, e os idos
São a nossa esperança que sempre transformamos em alegria
Pois a alegria há de ser o nosso principal motor
Pra fazer o novo momento, que se fará em festa
Não a festa inconsequente que existe pra esquecer a dor
Mas a nova celebração que às consciências infesta
E permitirá que nós sejamos renovados de verdade
E tudo em nós reluza, como saíssemos do ovo
Pra uma vida re-feita em fartura e liberdade,
Em candura e gentileza, nós um re-feito povo
Onde a alegria seja a canção que festeja a igualdade
E estejamos sempre prontos pra um tempo novo, de novo!
Violeiro, mas antes de tudo, Mambembrincante. mambembrincantes@gmail.com (61) 99255-4066
sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Mirada
O mar é o lugar sagrado do caldo iônico que nos criou
E nos cria todos os dias, e nos alimenta
E nele, em seus segredos, meu degredo se depositou
E minha esperança que luta bravamente,
Com minha tristeza,
Se sustenta.
E antes de tudo, sempre, seu estandarte sustenta!
Como a lança-zagaia a pelejar com o mortal jaguar,
Se escorando na terra e seu tronco-pilar
Pois só na força Divina da natureza é que aguenta!
E assim sigo, navegante longe das águas
Meu barco de solidões e colóquios solitários,
É que é a esperança que declaro, pra lá das mágoas
Que de meus mais amplos bons sentimentos, é depositário!
E assim sigo como não tem a dizer mais nada,
Mas que poetiza seus sonhos e desejos,
Que amplia a lucidez de seus lampejos,
E da varanda da vida canta, bonito, sua mirada!
E nos cria todos os dias, e nos alimenta
E nele, em seus segredos, meu degredo se depositou
E minha esperança que luta bravamente,
Com minha tristeza,
Se sustenta.
E antes de tudo, sempre, seu estandarte sustenta!
Como a lança-zagaia a pelejar com o mortal jaguar,
Se escorando na terra e seu tronco-pilar
Pois só na força Divina da natureza é que aguenta!
E assim sigo, navegante longe das águas
Meu barco de solidões e colóquios solitários,
É que é a esperança que declaro, pra lá das mágoas
Que de meus mais amplos bons sentimentos, é depositário!
E assim sigo como não tem a dizer mais nada,
Mas que poetiza seus sonhos e desejos,
Que amplia a lucidez de seus lampejos,
E da varanda da vida canta, bonito, sua mirada!
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
A construção cotidiana do Amor
Nos encontros que acontecem todos os dias entre nós
Seres na peleja pra conseguirmos nos encontrar
As dificuldades muitas vezes nos fazem desejar: o sós
Desejar o não mais estar entre os que desejar
Pois que o cotidiano encontro é cheio de agúdas pontas
De gasturas que os desgostos permitem às delícias
E a ventura, dolorida, que há de superar as voltas tontas
Quando a dor parece fazer esquecer as carícias
Neste mesmo tempo é que há de vencer aquele que persistir
Aquele que se deixar levar pela memória do calor
Pela lembrança da existência do eterno que está no porvir
Pela certeza do etéreo que fez existir a razão do labor
De construir a todo tempo a riqueza de erigir
O templo sagrado da construção cotidiana do Amor
Seres na peleja pra conseguirmos nos encontrar
As dificuldades muitas vezes nos fazem desejar: o sós
Desejar o não mais estar entre os que desejar
Pois que o cotidiano encontro é cheio de agúdas pontas
De gasturas que os desgostos permitem às delícias
E a ventura, dolorida, que há de superar as voltas tontas
Quando a dor parece fazer esquecer as carícias
Neste mesmo tempo é que há de vencer aquele que persistir
Aquele que se deixar levar pela memória do calor
Pela lembrança da existência do eterno que está no porvir
Pela certeza do etéreo que fez existir a razão do labor
De construir a todo tempo a riqueza de erigir
O templo sagrado da construção cotidiana do Amor
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Rever lugares de dentro de mim
Na experiência de visitar lugares do passado,
Me encontro com as paisagens que preenchem os dias
Que, por mim vividos, me mostram o que transitado
Vivo, e refletindo, vejo dores e alegrias
Vejo prazeres e fidalguias que em mim habitam
Vejo ratos e baratas e o medo de expô-los
Vejo as mesquinharias que me compõem, e que me fitam
Ao me olhar neste caminho em que me vejo tolo
E me vejo afinal, e me encontro apesar da dor
Pois que o caminho é transitar pelos mares carmim
Das cores que tem, e não que quero nelas por
E sigo então neste caminho, vendo o que por fim
Está antes de tudo nas essências de meu amor
Que afloram ao rever estes lugares dentro de mim
Me encontro com as paisagens que preenchem os dias
Que, por mim vividos, me mostram o que transitado
Vivo, e refletindo, vejo dores e alegrias
Vejo prazeres e fidalguias que em mim habitam
Vejo ratos e baratas e o medo de expô-los
Vejo as mesquinharias que me compõem, e que me fitam
Ao me olhar neste caminho em que me vejo tolo
E me vejo afinal, e me encontro apesar da dor
Pois que o caminho é transitar pelos mares carmim
Das cores que tem, e não que quero nelas por
E sigo então neste caminho, vendo o que por fim
Está antes de tudo nas essências de meu amor
Que afloram ao rever estes lugares dentro de mim
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Caminho
O caminho por vezes é a própria novidade,
O tempo todo exige capacidade de estar pronto
De estar disposto para surpreendentes realidades
De estar levando a sério o que parecia apenas tonto.
O caminho é a razão,
Abre-se em veredas
Em meu coração.
Por tintas
E bretas.
O caminho,
Minha paixão.
O tempo todo exige capacidade de estar pronto
De estar disposto para surpreendentes realidades
De estar levando a sério o que parecia apenas tonto.
O caminho é a razão,
Abre-se em veredas
Em meu coração.
Por tintas
E bretas.
O caminho,
Minha paixão.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Tempo de recomeçar
Um amigo velho, re-encontrado depois de eras
Cantou comigo: "É hora de re-começar"
Re-fazer caminhos onde os espinhos criaram quimeras
Criaram telas de escuros e clarear...
E o clareamento do dia abre em nós suas flores
Que nos dão alento, força e trilhos pros rumos
Que sonhar nos passos que damos apesar das dores
Que sentimos nos momentos em que a vida nos tira os sumos
Com que rega as florestas de fartura que a nós alimentam
E dão os nós com que prendemos os laços de alçar
Os laços de Amor que na escalada final nos sustentam
Neste caminho antigo em que é comum re-encontrar
Amigos que re-vistos nos dão os pensamentos que inventam
A vida toda manifesta no tempo de recomeçar.
Cantou comigo: "É hora de re-começar"
Re-fazer caminhos onde os espinhos criaram quimeras
Criaram telas de escuros e clarear...
E o clareamento do dia abre em nós suas flores
Que nos dão alento, força e trilhos pros rumos
Que sonhar nos passos que damos apesar das dores
Que sentimos nos momentos em que a vida nos tira os sumos
Com que rega as florestas de fartura que a nós alimentam
E dão os nós com que prendemos os laços de alçar
Os laços de Amor que na escalada final nos sustentam
Neste caminho antigo em que é comum re-encontrar
Amigos que re-vistos nos dão os pensamentos que inventam
A vida toda manifesta no tempo de recomeçar.
domingo, 25 de dezembro de 2011
No dia de hoje, chegou a alegria
Como mariposas cegas, voamos em direção à Luz
Buscando na vida intensa, um espaço na imensidão
E alívio pra vida inteira, que o sofrimento nos reduz
E nos conduz ao grande prêmio, que os esforços nos darão
E conduzirão ao infinito,
Pois que o dia de hoje aponta,
Lindo,
A chegada do Bendito,
Deus Menino,
Em nosso coração,
Todos os dias bem-vindos...
Gratitudes por este dia,
Em que raiou,
Raia,
Que no dia de hoje, chegou a alegria.
Buscando na vida intensa, um espaço na imensidão
E alívio pra vida inteira, que o sofrimento nos reduz
E nos conduz ao grande prêmio, que os esforços nos darão
E conduzirão ao infinito,
Pois que o dia de hoje aponta,
Lindo,
A chegada do Bendito,
Deus Menino,
Em nosso coração,
Todos os dias bem-vindos...
Gratitudes por este dia,
Em que raiou,
Raia,
Que no dia de hoje, chegou a alegria.
sábado, 24 de dezembro de 2011
Na véspera da chegada
No dia de hoje o mundo espera pelo momento de celebrar
A chegada do Menino, que mais do que o comumente se dá
Simboliza a vinda da vida ao nosso convívio, nosso lar
Representa a chegada da salvação que em Sua vinda há
Pois que este dia que antecede nos permita a glória
Da esperança de vencermos a nós mesmos e conseguir
A façanha de escrevermos todos juntos nova história
Em que sua pregação de Paz e Amor passe a existir
Em tudo e em todo lugar onde nossa alma imortal
Seja tocada pela alegria verdadeira que embalada
Pela música cantando canções de harmonia celestial
Cante um tempo novo em que a Luz seja festejada
Todos os dias, pelo real espírito do Natal
Como hoje quero lembrar, nesta véspera da chegada!
A chegada do Menino, que mais do que o comumente se dá
Simboliza a vinda da vida ao nosso convívio, nosso lar
Representa a chegada da salvação que em Sua vinda há
Pois que este dia que antecede nos permita a glória
Da esperança de vencermos a nós mesmos e conseguir
A façanha de escrevermos todos juntos nova história
Em que sua pregação de Paz e Amor passe a existir
Em tudo e em todo lugar onde nossa alma imortal
Seja tocada pela alegria verdadeira que embalada
Pela música cantando canções de harmonia celestial
Cante um tempo novo em que a Luz seja festejada
Todos os dias, pelo real espírito do Natal
Como hoje quero lembrar, nesta véspera da chegada!
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Gosto de pequi
Dezembro de chuvas que regam o chão
Que alimentam batatas, mandiocas e bejus
Que saciam nossa sede e propiciam nosso pão
E que dão ao cerrado o vermelho dos cajus
Dezembro de idas e vindas nas verdes veredas
Da chegada e da partida celebrada em tantas festas
Das bacabas e araçás, passarinhos de tantas vidas
Que vivem em araticuns, ou anuns, nestes ou nestas
A vida explode em Dezembro, mês começo e fim
Onde o verde mais forte convive com a cor do caqui
Maduro, tão lindo, tão denso, gostoso a carmim
Esta rincão de encantos que se manifestam no aqui
E no agora, nos araticuns, cagaitas e bacuparis
No sabor encantado da terra, expresso no gosto de pequi.
Que alimentam batatas, mandiocas e bejus
Que saciam nossa sede e propiciam nosso pão
E que dão ao cerrado o vermelho dos cajus
Dezembro de idas e vindas nas verdes veredas
Da chegada e da partida celebrada em tantas festas
Das bacabas e araçás, passarinhos de tantas vidas
Que vivem em araticuns, ou anuns, nestes ou nestas
A vida explode em Dezembro, mês começo e fim
Onde o verde mais forte convive com a cor do caqui
Maduro, tão lindo, tão denso, gostoso a carmim
Esta rincão de encantos que se manifestam no aqui
E no agora, nos araticuns, cagaitas e bacuparis
No sabor encantado da terra, expresso no gosto de pequi.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Flores na sacada
Construo em mim a casa de minha essência
Em que hospedo as pessoais dores e alegrias
De onde vejo das janelas a Luz da ciência
Na esperança de que esta chegue pro meu dia-a-dia
E seja a massa com que ligo e uno os tijolos
E subo pilastras, paredes, e faço meus prumos
Pra que eu me encontre comigo e com meus esforços
Pra que sua Luz seja farol no mar de meus rumos
E esta minha casa me será como um canto de acolhimento
Será como um manto que aquecerá aos amigos de jornada
E aquecerá meu coração tão cansado dos sofrimentos
Mas eu prossigo sua construção porque é nesta estrada
Que eu junto os lenhos e espinhos que tenho por dentro
Pra estruturar minha choupana com flores na sacada...
Em que hospedo as pessoais dores e alegrias
De onde vejo das janelas a Luz da ciência
Na esperança de que esta chegue pro meu dia-a-dia
E seja a massa com que ligo e uno os tijolos
E subo pilastras, paredes, e faço meus prumos
Pra que eu me encontre comigo e com meus esforços
Pra que sua Luz seja farol no mar de meus rumos
E esta minha casa me será como um canto de acolhimento
Será como um manto que aquecerá aos amigos de jornada
E aquecerá meu coração tão cansado dos sofrimentos
Mas eu prossigo sua construção porque é nesta estrada
Que eu junto os lenhos e espinhos que tenho por dentro
Pra estruturar minha choupana com flores na sacada...
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Tempo de valor
Nos dias que se seguem ao tempo que vivemos
Dias, ora de fartura, ora de desejo dela.
São as delicadezas do Amor infindo em que aprendemos
O caminho da certeza de que a Vida é aquela
Em que o sonho de tudo nos dará a leveza de sermos
Personagens da gentil pantomima aflita e singela.
Salve esta parte de nossas existências em que nos aquece o calor
Deste tempo passageiro.
Tempo de valor.
Dias, ora de fartura, ora de desejo dela.
São as delicadezas do Amor infindo em que aprendemos
O caminho da certeza de que a Vida é aquela
Em que o sonho de tudo nos dará a leveza de sermos
Personagens da gentil pantomima aflita e singela.
Salve esta parte de nossas existências em que nos aquece o calor
Deste tempo passageiro.
Tempo de valor.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Tempo de advento
Neste tempo que antecede a celebração
Da chegada D'aquele que nos permite
A esperança que tem a cor, em nosso coração
Da Verdade, da coragem de ter alegria que não se omite
Neste tempo em que vivemos neste mundo incrível
Em que crer, em si, e no que está além do que se vê
Parece insensato, abominável, indizível
E parece parvo aquele que sente e crê
Cantamos, pra celebrar Jesus menino
Dizemos a toda vez solta em todo vento
Que o descendente de Davi fez nosso destino
Ser de novo uma alegria que traz alento
Ser de novo uma festa que nos orienta o tino
Que nos permitirá viver este tempo do advento!
Da chegada D'aquele que nos permite
A esperança que tem a cor, em nosso coração
Da Verdade, da coragem de ter alegria que não se omite
Neste tempo em que vivemos neste mundo incrível
Em que crer, em si, e no que está além do que se vê
Parece insensato, abominável, indizível
E parece parvo aquele que sente e crê
Cantamos, pra celebrar Jesus menino
Dizemos a toda vez solta em todo vento
Que o descendente de Davi fez nosso destino
Ser de novo uma alegria que traz alento
Ser de novo uma festa que nos orienta o tino
Que nos permitirá viver este tempo do advento!
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Festa
O som é a música de impensáveis silêncios
A animação é a do monge que entra em meditação
Os argumentos cabem em infindáveis compêndios
E a alegria grita de sóbria na inaudita decoração.
A alegria nem se vê e já se acaba
Se bebe água límpida
Se come tapioca e bacaba
Se ouve...
Se ouve?
Só quem sonho um tempo que está pra além desta,
Pode entender esta velha, e sempre nova,
Forma de festa...
A animação é a do monge que entra em meditação
Os argumentos cabem em infindáveis compêndios
E a alegria grita de sóbria na inaudita decoração.
A alegria nem se vê e já se acaba
Se bebe água límpida
Se come tapioca e bacaba
Se ouve...
Se ouve?
Só quem sonho um tempo que está pra além desta,
Pode entender esta velha, e sempre nova,
Forma de festa...
domingo, 18 de dezembro de 2011
Postais
Nas estradas lindas por onde anda o trem de mim
Vou registrando imagens, as vezes muitas, ou então
Imagens mais que o tempo vem mostrando enfim
Que é chegado o tempo do não
Enfim,
Chega de tudo...
De lugar nenhum mando postais!
Vou registrando imagens, as vezes muitas, ou então
Imagens mais que o tempo vem mostrando enfim
Que é chegado o tempo do não
Enfim,
Chega de tudo...
De lugar nenhum mando postais!
sábado, 17 de dezembro de 2011
Lugar de onde se vê o mar
No alto da Serra, por trás de jequitibás e ipês
O batedor do povo que já caminhava a tanto tempo
Sentiu no peito a emoção só possível quando vês
O que já se sabia, mas ainda não se via, estava dentro
Se viu la longe o infinito sem igual, sem comparação
Da cor de longe toda sempre de um só jeito, uma só forma
Da massa infinita de azuis e verdes em uma só nação
Da água de toda cor de uma só cor por norma
Assim o caminhante que tinha que levar a mensagem do destino
Se viu diante do inusitado que nem pensava possível mirar
Parou assutado diante da imagem que assustou o homem/menino
E o deixou a um passo apenas de não poder falar
Deixou apenas dizer: "Parana" com o que lhe sobrou de tino
Quando chegou depois da caminhada no lugar de onde se vê o mar...
O batedor do povo que já caminhava a tanto tempo
Sentiu no peito a emoção só possível quando vês
O que já se sabia, mas ainda não se via, estava dentro
Se viu la longe o infinito sem igual, sem comparação
Da cor de longe toda sempre de um só jeito, uma só forma
Da massa infinita de azuis e verdes em uma só nação
Da água de toda cor de uma só cor por norma
Assim o caminhante que tinha que levar a mensagem do destino
Se viu diante do inusitado que nem pensava possível mirar
Parou assutado diante da imagem que assustou o homem/menino
E o deixou a um passo apenas de não poder falar
Deixou apenas dizer: "Parana" com o que lhe sobrou de tino
Quando chegou depois da caminhada no lugar de onde se vê o mar...
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Alegria
Tornei pública minha ruptura com o que entristecia
Fiz das velas de minha nau os panos com que encerro a cena
Da tristeza que a nada, e à lugar nenhum me conduzia
E em nada me fazia maior que poça d`água pequena...
Eu, e nada nos encontramos sob este imenso luar
Com o intuito cada vez mais nítido de celebrar o dia
Que nada há de tão intenso quanto na lagoa da vida, nadar
Com a luz da lua iluminando as braçadas e zombarias
E eu, pobre remador da canoinha de meu corpo incompleto
Subo os degraus, sem graus da beleza que luzia
Na sala dos óbitos de meu edifício declarado decrépito
Na busca insensata, mas obstinada da grandeza que ardia
Em cada fogo de cada olhar que o mar mostrou seleto
Pois que cada um, todos, existimos pra buscar sempre a alegria
Fiz das velas de minha nau os panos com que encerro a cena
Da tristeza que a nada, e à lugar nenhum me conduzia
E em nada me fazia maior que poça d`água pequena...
Eu, e nada nos encontramos sob este imenso luar
Com o intuito cada vez mais nítido de celebrar o dia
Que nada há de tão intenso quanto na lagoa da vida, nadar
Com a luz da lua iluminando as braçadas e zombarias
E eu, pobre remador da canoinha de meu corpo incompleto
Subo os degraus, sem graus da beleza que luzia
Na sala dos óbitos de meu edifício declarado decrépito
Na busca insensata, mas obstinada da grandeza que ardia
Em cada fogo de cada olhar que o mar mostrou seleto
Pois que cada um, todos, existimos pra buscar sempre a alegria
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
O que é a noite?
Perguntada, a Donzela Teodora,
Respondeu o que é a noite...
Diz o poeta: "descanso do trabalho"
E complementa: "esconde os malfeitores"...
A noite me habita em cada escuridão que me permito,
A ausência do Sol em minha caminhada...
A noite é a razão porque as vezes me encontro aflito,
E as vezes sinto como se não houvesse mais nada.
A noite é o momento da virada do planeta no infinito,
E os malfeitores, dentro de mim, continuam sua jornada...
E muitas vezes, nos momentos que se seguem,
Aos momentos em que comigo brigo, ralho,
Vejo a grande importância da noite,
Como descanso do trabalho.
Antes que a consciência me açoite,
Afinal,
O que é a noite?
Respondeu o que é a noite...
Diz o poeta: "descanso do trabalho"
E complementa: "esconde os malfeitores"...
A noite me habita em cada escuridão que me permito,
A ausência do Sol em minha caminhada...
A noite é a razão porque as vezes me encontro aflito,
E as vezes sinto como se não houvesse mais nada.
A noite é o momento da virada do planeta no infinito,
E os malfeitores, dentro de mim, continuam sua jornada...
E muitas vezes, nos momentos que se seguem,
Aos momentos em que comigo brigo, ralho,
Vejo a grande importância da noite,
Como descanso do trabalho.
Antes que a consciência me açoite,
Afinal,
O que é a noite?
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Do sagrado ofício de cantar
Na noite de ontem, só eu, e minha Viola
Tivemos a alegria de visitar meus aconchegos
Lá, onde a alegria ancestral é quem consola
Tudo de difícil que possa me dar meus medos.
Na noite de ontem enfrentei meus fantasmas
Armado somente do encanto da Viola, tão maior
E pude vencer-me, me libertar e desatar amarras
E viver a alegria de sentir que posso ser melhor
Em meu caminho, com minha família, tendo a Viola no peito
Me colocar nesta senda, nem sempre ensolarada, a caminhar
Buscando dentro de mim a forma mais alta de cantar o respeito
Este Santo labor, com que o Divino resolveu me presentear
Que é colocar a linda moça, Viola, próxima ao coração, com jeito
E nesta Vida me entregar ao Sagrado ofício de cantar.
Tivemos a alegria de visitar meus aconchegos
Lá, onde a alegria ancestral é quem consola
Tudo de difícil que possa me dar meus medos.
Na noite de ontem enfrentei meus fantasmas
Armado somente do encanto da Viola, tão maior
E pude vencer-me, me libertar e desatar amarras
E viver a alegria de sentir que posso ser melhor
Em meu caminho, com minha família, tendo a Viola no peito
Me colocar nesta senda, nem sempre ensolarada, a caminhar
Buscando dentro de mim a forma mais alta de cantar o respeito
Este Santo labor, com que o Divino resolveu me presentear
Que é colocar a linda moça, Viola, próxima ao coração, com jeito
E nesta Vida me entregar ao Sagrado ofício de cantar.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Dos gostos de cada um
O que pra alguém, muitas vezes se apresenta como incrível,
Pra outros será ruim, mesmo insuportável, indizível...
Os gostos são a expressão mais contundente, eu diria
Do que não pode ser mensurado, imaginado, ninguém diria...
Eu, neste exercício afinal,
Me proponho a descobrir
O que pra este poeta abissal
Pode ser o existir
Do gosto nenhum
Dos gostos de cada um
Pra outros será ruim, mesmo insuportável, indizível...
Os gostos são a expressão mais contundente, eu diria
Do que não pode ser mensurado, imaginado, ninguém diria...
Eu, neste exercício afinal,
Me proponho a descobrir
O que pra este poeta abissal
Pode ser o existir
Do gosto nenhum
Dos gostos de cada um
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Afinal, virá!
Corro, tenho antes de todas as outras coisas corrido
De um modo que muitas vezes beira a insanidade, é descabido.
E ainda assim nem sempre encontro a razão, o sentido
Pra esta toda corrida que busca o razoável alarido
E eis-me aqui sem fôlego ao final da carreira,
Vendo nada além de estrada e de densa poeira.
Busco então na memória anímica da peleja a razão que me levou a buscar:
Que queria eu quando começou este movimento todo, que vemos por aqui?
Queria um sopro de alegria, um vento carregado da alegre maresia do mar?
Queria uma casa pendurada na montanha nevada onde pinheiros assistim esquis,
Que descem a toda velocidade, feito filmes que nem sei se de fato assisti?
Que busco eu?
A definitiva melodia, da músia eterna que sonho compor?
Nem sei bem, o que busco, sei que quero estar com minha companheira,
Amada amiga, por quem meu corpo vibra, e de quem inteiro, quero inteira...
Sei que quero ver pequis e pores do sol, ao lado dela, na sombra de sucupiras,
Na sombra de carvoeiros, com meus filhos, netos, amigos e irmãos, longe das miras
Do doideira insensata do mundo.
E perto do amor que vira, e sempre me dirá:
Persiste, que afinal, virá...
De um modo que muitas vezes beira a insanidade, é descabido.
E ainda assim nem sempre encontro a razão, o sentido
Pra esta toda corrida que busca o razoável alarido
E eis-me aqui sem fôlego ao final da carreira,
Vendo nada além de estrada e de densa poeira.
Busco então na memória anímica da peleja a razão que me levou a buscar:
Que queria eu quando começou este movimento todo, que vemos por aqui?
Queria um sopro de alegria, um vento carregado da alegre maresia do mar?
Queria uma casa pendurada na montanha nevada onde pinheiros assistim esquis,
Que descem a toda velocidade, feito filmes que nem sei se de fato assisti?
Que busco eu?
A definitiva melodia, da músia eterna que sonho compor?
Nem sei bem, o que busco, sei que quero estar com minha companheira,
Amada amiga, por quem meu corpo vibra, e de quem inteiro, quero inteira...
Sei que quero ver pequis e pores do sol, ao lado dela, na sombra de sucupiras,
Na sombra de carvoeiros, com meus filhos, netos, amigos e irmãos, longe das miras
Do doideira insensata do mundo.
E perto do amor que vira, e sempre me dirá:
Persiste, que afinal, virá...
domingo, 11 de dezembro de 2011
Os nomes de amor
Os nomes que se dão àqueles, às coisas e os seres
Que nos são caros e importantes ao coração
Muitas vezes parecem estranhos aos ouvidos e teres
Aos sentidos e prazeres entre os dedos de nossas mãos
Assim os nomes são bonitos na medida em que nos dizem
Coisas que dizem respeito às sensações de nossa alma
Aos bem-quereres que em nosso peito em nós exprimem
A forma mais elevada de em nossa vida a suprema calma.
O nome de tudo é do absoluto o valor
São todos lindos os todos nomes,
Que dá, o Amor!
Que nos são caros e importantes ao coração
Muitas vezes parecem estranhos aos ouvidos e teres
Aos sentidos e prazeres entre os dedos de nossas mãos
Assim os nomes são bonitos na medida em que nos dizem
Coisas que dizem respeito às sensações de nossa alma
Aos bem-quereres que em nosso peito em nós exprimem
A forma mais elevada de em nossa vida a suprema calma.
O nome de tudo é do absoluto o valor
São todos lindos os todos nomes,
Que dá, o Amor!
sábado, 10 de dezembro de 2011
Ver
Tenho alguns deveres, algums obrigações:
Tenho que sentir a tristeza dos eucaliptos,
quando estão sobrecarregados de erva de passrinho...
Teenho que sentir o aroma dos romãs,
quando estão florescendo em todos os caminhos....
Tenho que entender o que significam folhas que murcham,
Nos tomateiros de qualquer quintal,
Tenho que ser solidário ao canto dos bem-te-vis,
que quintam a beleza, particular em universal...
Tenho que me amar, e acreditar em mim,
Apesar de eu mesmo antes do amor me desmerecer
Tenho que cantar o amor que floresce em mim,
e em tudo, em tudo que sou preciso ver...
Tenho que sentir a tristeza dos eucaliptos,
quando estão sobrecarregados de erva de passrinho...
Teenho que sentir o aroma dos romãs,
quando estão florescendo em todos os caminhos....
Tenho que entender o que significam folhas que murcham,
Nos tomateiros de qualquer quintal,
Tenho que ser solidário ao canto dos bem-te-vis,
que quintam a beleza, particular em universal...
Tenho que me amar, e acreditar em mim,
Apesar de eu mesmo antes do amor me desmerecer
Tenho que cantar o amor que floresce em mim,
e em tudo, em tudo que sou preciso ver...
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Luz
Ondas de luz
Passam pelo corpo
E eu, ainda, somente olhar
Olhando absorto
A luz, me invade
É a própria força
Que chega
E fica
Passam pelo corpo
E eu, ainda, somente olhar
Olhando absorto
A luz, me invade
É a própria força
Que chega
E fica
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Tão Bela
Quanto é que vale
No mercado dos dons intangíveis
Uma árvore de 7 cops
Que só tem quatro?
Antes de responder, inale
O ar, sagrado e invisível,
Que no mundo dá todas voltas
E conhece todos os matos...
E, então, pra responder escale,
O morro do topo do mundo possível,
E s escalas de todas as notas,
De todo valor intrínseco, inato:
Vale o valor, de no escuro, a vela
Vale o poder da alma primordial,
Tão Bela!
No mercado dos dons intangíveis
Uma árvore de 7 cops
Que só tem quatro?
Antes de responder, inale
O ar, sagrado e invisível,
Que no mundo dá todas voltas
E conhece todos os matos...
E, então, pra responder escale,
O morro do topo do mundo possível,
E s escalas de todas as notas,
De todo valor intrínseco, inato:
Vale o valor, de no escuro, a vela
Vale o poder da alma primordial,
Tão Bela!
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Manter a esperança, quando do mar, já se vê a praia
A travessia por vezes parece não ter perspectiva de fim
Parece que tudo que existe é o mar pra se atravessar
Que a proa da canoa é a única coisa além deste mar e de mim
Que o remo e a banqueta são o único alento neste mar
E ainda assim, quando não se vê ao longe réstia, sequer, de terra
Ao marinheiro resta empunhar forte o sagrado remo em suas mãos
E o remo é tudo que de bom a Divina Natureza, a ele, encerra
É o alimento, a sombra, a água, a cura da imensa mágoa, o pão
Que manterá vivos o marinheiro e sua ansiosa família
Que cuida com a chama acesa pra que a esperança não se esvaia
Pra que quem lá do distante mar vem, veja a vigília
E sua alegria não mude, e em desespero profundo não caia
E suas forças se mantenham pra contar sua aventura idília
E possa manter a esperança, quando do mar, já se vê a praia.
Parece que tudo que existe é o mar pra se atravessar
Que a proa da canoa é a única coisa além deste mar e de mim
Que o remo e a banqueta são o único alento neste mar
E ainda assim, quando não se vê ao longe réstia, sequer, de terra
Ao marinheiro resta empunhar forte o sagrado remo em suas mãos
E o remo é tudo que de bom a Divina Natureza, a ele, encerra
É o alimento, a sombra, a água, a cura da imensa mágoa, o pão
Que manterá vivos o marinheiro e sua ansiosa família
Que cuida com a chama acesa pra que a esperança não se esvaia
Pra que quem lá do distante mar vem, veja a vigília
E sua alegria não mude, e em desespero profundo não caia
E suas forças se mantenham pra contar sua aventura idília
E possa manter a esperança, quando do mar, já se vê a praia.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Como pode ser orquestrada a vida
A música é a forma como se organizam as coisas
Todas as estruturas do que existe se dão em harmonia
Os mares e as chuvas, as flores, tamanduás e raposas
Os vendavais, os luares, as tiaras, as araras e as cotias
Tudo que existe se nos apresenta por que é música
Os tempos de tudo nada mais são do que compassos
O riso que ris, o pranto que choras, a alegria lúdica
O acesso ao topo, o fundo do poço, os namoros, os amassos...
E o fundo do terreno onde os lixos se amontoam
E o campo mais lindo, a ravina íngreme mais florida
A suavidade da brisa e os gritos de medo que atordoam
São manifestações da incrível "atma" proferida
Como uma canção que todas as forças entoam
E nos mostram como pode ser orquestrada a vida.
Todas as estruturas do que existe se dão em harmonia
Os mares e as chuvas, as flores, tamanduás e raposas
Os vendavais, os luares, as tiaras, as araras e as cotias
Tudo que existe se nos apresenta por que é música
Os tempos de tudo nada mais são do que compassos
O riso que ris, o pranto que choras, a alegria lúdica
O acesso ao topo, o fundo do poço, os namoros, os amassos...
E o fundo do terreno onde os lixos se amontoam
E o campo mais lindo, a ravina íngreme mais florida
A suavidade da brisa e os gritos de medo que atordoam
São manifestações da incrível "atma" proferida
Como uma canção que todas as forças entoam
E nos mostram como pode ser orquestrada a vida.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Flor e o perfume, Fortuna e a passarada!
No galho da prateada Embaúba, eu vi brilhar
O canto encantado do bem-te-vi guardião
Que de seu lugar mais perto do elevado lugar
Que é o céu, em seu vôo de amor, é seu chão
Passarim encantou-se em luzeiro que aponta
Os perigos da jornada no mais alto do mar
E este marinheiro já se salvou, nem tem mais conta
Das tantas vezes que o Luzeiro o fez se salvar.
E por isso mesmo veleja buscando a saída
Dos perigos do mar pra encontrar a bendita enseada
E trazer os peixinhos, alimento pra sua lida
E pra sua família força, alimento e pousada
Na jornada intensa que dá algum sentido à vida
E o faz perceber a flor e o perfume, a Fortuna e a passarada!
O canto encantado do bem-te-vi guardião
Que de seu lugar mais perto do elevado lugar
Que é o céu, em seu vôo de amor, é seu chão
Passarim encantou-se em luzeiro que aponta
Os perigos da jornada no mais alto do mar
E este marinheiro já se salvou, nem tem mais conta
Das tantas vezes que o Luzeiro o fez se salvar.
E por isso mesmo veleja buscando a saída
Dos perigos do mar pra encontrar a bendita enseada
E trazer os peixinhos, alimento pra sua lida
E pra sua família força, alimento e pousada
Na jornada intensa que dá algum sentido à vida
E o faz perceber a flor e o perfume, a Fortuna e a passarada!
domingo, 4 de dezembro de 2011
Carência de mãos amigas
Sou uma criatura rude, que rompe nos peitos
As cercas da própria, e muito limitada, compreensão
Como quem busca encontrar entre seus erros, jeitos
De não ser rude, não ser atrapalhado, ser são.
E este buscar no mais das vezes se mostra duro
Como o romper das cercas de que falei acima
Endurece o peito, que quando criança era tão puro
Que encantava a vida, e compunha cantos, danças, rimas
Mas, eis-me aqui, solitário cavaleiro que se pretende andante
Solidário tão sozinho como em um formigueiro a formiga
Como a palmeira na mata, entre madeiros mais importantes
Eu, rústico poeta que só conhece a própria cantiga
No fundo peço que os amigos tenham paciência diletante
E em minha caminhada supram minha carência de mãos amigas!
As cercas da própria, e muito limitada, compreensão
Como quem busca encontrar entre seus erros, jeitos
De não ser rude, não ser atrapalhado, ser são.
E este buscar no mais das vezes se mostra duro
Como o romper das cercas de que falei acima
Endurece o peito, que quando criança era tão puro
Que encantava a vida, e compunha cantos, danças, rimas
Mas, eis-me aqui, solitário cavaleiro que se pretende andante
Solidário tão sozinho como em um formigueiro a formiga
Como a palmeira na mata, entre madeiros mais importantes
Eu, rústico poeta que só conhece a própria cantiga
No fundo peço que os amigos tenham paciência diletante
E em minha caminhada supram minha carência de mãos amigas!
sábado, 3 de dezembro de 2011
Arte é arte, merda é merda!
Cândido Portinari decretou,
Nos dizeres de Eduardo Galeano:
Arte é arte, merda é merda!
E merda arde,
em quem quer arte.
Merda!
Nos dizeres de Eduardo Galeano:
Arte é arte, merda é merda!
E merda arde,
em quem quer arte.
Merda!
Flores e madeira
A chuva forte que banhou minha terra neste dia
Com o vento que penteou capins, soprou tristezas,
Pra terra mandou fecundidade em gotas de alegria
E pra nós, pobres homens permitiu ver intensa beleza
Ver, ouvir, sentir, tatear, lamber, provar, cheirar
Os gostos e texturas que na natureza se apresentam
Neste momento das forças de expansão e retração em pleno ar
Neste encantamento que em nossa chuva se acalentam
Nossos sonhos, pedaços de esperança que se materializam
Em ramos e troncos, espinhos, arminhos, trepadeiras
Em Baobás e Samaúmas, Pinheiros e Sequóias que se eternizam
E nós, em nossa alegria de ver atrás da janela, da cadeira
A chuva sagrada do calor que em casa se disponibilizam
Nos aromas sedutores e inebriantes de flores e madeira.
Com o vento que penteou capins, soprou tristezas,
Pra terra mandou fecundidade em gotas de alegria
E pra nós, pobres homens permitiu ver intensa beleza
Ver, ouvir, sentir, tatear, lamber, provar, cheirar
Os gostos e texturas que na natureza se apresentam
Neste momento das forças de expansão e retração em pleno ar
Neste encantamento que em nossa chuva se acalentam
Nossos sonhos, pedaços de esperança que se materializam
Em ramos e troncos, espinhos, arminhos, trepadeiras
Em Baobás e Samaúmas, Pinheiros e Sequóias que se eternizam
E nós, em nossa alegria de ver atrás da janela, da cadeira
A chuva sagrada do calor que em casa se disponibilizam
Nos aromas sedutores e inebriantes de flores e madeira.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Conviver com estes muitos de mim
Certos dias desperto como quem se descobre
Sob a terra, dentro de um ataúde fechado
Sem saber como sair pra fora da terra que o cobre
Sem imaginar como estar da morte desvencilhado
Outras vezes acordo como quem não dormiu
Como quem sempre esteve do sono afastado
E a sombra da noite pra mim nunca existiu
E ajo como um leão de muitos dias esfomeado
Eu sou muitos na peleja de me fazer por fim
Capaz de conviver com estes muitos de mim
Sob a terra, dentro de um ataúde fechado
Sem saber como sair pra fora da terra que o cobre
Sem imaginar como estar da morte desvencilhado
Outras vezes acordo como quem não dormiu
Como quem sempre esteve do sono afastado
E a sombra da noite pra mim nunca existiu
E ajo como um leão de muitos dias esfomeado
Eu sou muitos na peleja de me fazer por fim
Capaz de conviver com estes muitos de mim
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