Que eu cante, (o que sobra)
pois o que é vão, e o que é bom,
e o que vem das cores e tons,
faz as dores e (lindas) formas desta obra.
Que eu cante, pois o que sou,
onde vou, seja por fim a eternidade,
(que se lança em saltos sobre a vacuidade),
e se mostra em tudo que não desabou...
Que seja nada, além da perplexidade,
e que a prosperidade me grude nas paredes do vento
e feito a flor, me desabroche por dentro,
e espalhe (de mim) o perfume que alenta a gratuidade,
que permitirá o (velho) ar novo, e criar acalanto,
acolher em mim a criança, outrora chorando...