Violeiro, mas antes de tudo, Mambembrincante. mambembrincantes@gmail.com (61) 99255-4066
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Minha morada
O mundo, se pode ver,
por seus caminhos,
rumos, ladeiras, trilhos,
estradas de andar e ser...
O mundo é nos destinos,
que nos quatro cantos,
nos exatos meios e cantos,
nos velhos, e nos meninos,
se manifesta sobre cada chão.
Em mim, em tu, que lê,
neste texto em elétrons que vês...
Cada coisa faz o mundo, então,
e nossa estada é sua estrada,
e esta estrada, minha morada...
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
terça-feira, 27 de setembro de 2016
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
domingo, 25 de setembro de 2016
Ser rei
Parecia ser sócio, um
mais parecer ilusório,
triste, ambíguo, finório,
deleitável zum-zum-zum,
em que entravam seres,
nós, amarrando o rumo,
na ilusão do mundo,
do que parecem ser prazeres!
Mais dores, direis,
palenteológicos ditames,
negando a si os vexames,
blindando os "vereis"
entre olhos e enxames,
zumbindo querendo ser rei...
sábado, 24 de setembro de 2016
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Fartura
Da parte mais funda,
da terra, as mais íntimas,
vi da água brotar, ínfimas,
mas preciosas e fecundas,
gotas de fecundar
e florescer a terra,
e o que nela se encerra,
as plantas de alimentar
e o próprio viver por tudo,
e o chão, berço da comida,
e a chuva, que canta da lida,
e o caminho que é o mundo,
e a partilha comprometida,
com a fartura que linda a vida.
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Repressão
Em alto e bom
som se ouve e vê
claro como quem lê
violência e repressão!
Por todo canto late
o Mastim do Barqueiro
querendo mais dinheiro,
querendo toda carne!
E os olhos assustados,
que o Tempo abre,
insinuando dentes e sabres,
é a defesa dos escravizados,
contra a ganância,
que marginaliza nossa infância.
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
domingo, 18 de setembro de 2016
Redundância
Na verdade, há uma guerra
no ar, no que se diz,
na ideia da gente ser feliz,
do meio do mar até a terra...
E na terra pra dentro,
nos meios do povo
na morte do que foi novo,
esperança feito pó, no vento...
Na verdade, infeliz desengano,
mostrou-nos que a ganância
não quer saber dos planos,
nem de sagrados, ou mundanos,
ou ainda da leveza da infância:
a guerra é da maldade, a redundância...
sábado, 17 de setembro de 2016
Bem-querer
Um dia de correr, e ventar,
ser mais sopro que ser
movimento entre verter
e de repente, lutar...
Este dia, presente mostrado,
entre os presentes havidos,
camuflados, escondidos,
e que os tem reunido.
Por isso, somos presenteados,
num dia assim nascido
entre as cores dos sentidos,
e as flores dos dias contados
no festejar, e seu sentido,
e o bem-querer por nós gerado...
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Felicidade
Bem-te-vis, Joões de Barro e cordas
cantaram nesta manhã.
E eu, ouvidor com cheiro de hortelã,
ou sabor de quem acorda,
e faz do amanhecer sinfonia,
celebro a Saíra que volta,
pra me encher de alegria!
Um dia de intensidades,
boas, e nem tanto...
Mas se pranteio,
ou se rio e canto,
não receio,
nem espero a felicidade.
cantaram nesta manhã.
E eu, ouvidor com cheiro de hortelã,
ou sabor de quem acorda,
e faz do amanhecer sinfonia,
celebro a Saíra que volta,
pra me encher de alegria!
Um dia de intensidades,
boas, e nem tanto...
Mas se pranteio,
ou se rio e canto,
não receio,
nem espero a felicidade.
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Mergulhos
Vendi minhas vestes,
e soltei do alto da ponte
as notas em desfeito monte,
as sobras do que fui infeste...
Vendi minhas bússolas,
porque a agulha que gira
indica, mas a Embira,
não se estica, e desconsola...
Meus voos são de aléns,
de eternidades circunstanciais,
e infinitudes banais.
Meus mergulhos são reféns
da água que cura o que dói
no mínimo em que tudo se constrói.
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Porque seguir
Como conseguir
achar o rumo após
a estrada fechada em nós,
e a corda solta a zunir?
Como repartir
o tempo assumido
em tanta dor e alarido,
da flecha solta o zumbir?
Sei que nossa caminhada
ganha pedras e prumos
calçamentos e rumos,
pro caminho de cada,
destas alegrias que assumo,
são a razão de seguir a estrada...
terça-feira, 13 de setembro de 2016
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
domingo, 11 de setembro de 2016
Temperos da alegria
Um Sol, daqui, porta,
estrada de pensamento,
de Luz e crescimento,
clareou no rumo da horta,
na hora em que nascendo
o dia em magnitudes,
a eternidade nas pequenitudes,
de cores (nos) extasiando.
E daqui de dentro,
pela janela dos olhos,
pelos sons e molhos,
do que vou me cozendo,
nos temperos da alegria,
hoje, e pra sempre todo dia.
sábado, 10 de setembro de 2016
Do que tudo se faz
Um canto se plena
ultrapassa anteparos,
conecta além da antena
e corre mais que os carros...
Um canto se eterna,
mergulha mais fundo,
fertiliza mais fecundo,
faz a carícia mais terna...
Um canto que se liga,
com o canto de tudo
cantando constrói o mundo.
Assim, nasce da cantiga
o prédio, a flor, a estrada,
e a vida em (cada um) cantada...
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
D'onde o vento vem
Numa brumosa esquina
sonhei meus medos à cavalo,
ouvi das bombas o estalo
dos chicotes as quinas,
gritavam meninos e meninas,
choravam mães lastimantes,
andavam errosos, maltratantes,
os dias da sonhosa sina.
Acordei de um sobressalto!!
Vi as horas do romper do dia
a Luz que permite a alegria,
dizer em tom bem alto:
"Sou vento que leva o pólen,
que cria a duna, vem e vai além..."
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Da bela existência
Um velho véu cobria
e no céu, estrela passando
e Bacurau cantando,
e em mim até ardia...
O tempo corrido tem
maravilhas em instantes...
Nós os magos delirantes,
as vemos como ninguém...
Mas o passado torturante,
revela a beleza serena,
de viver sua vida plena,
sem achar que a dívida restante,
que sempre resta, eterna,
pode te levar à existência bela.
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
terça-feira, 6 de setembro de 2016
Insensatez
Com que alegria, sigo
a esperança que tarda,
falha nunca, atalha,
os trilheiros do perigo!
Sou como vã vassoura
a varrer de si a massa
do que em si amordaça
gritando como quem implora,
e de dentro da peneira
vive mais uma vez
uma vida inteira.
Pois na trilha que a vida fez,
salto lindos penhascos
em amor insólito pela insensatez!
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Ia
A natureza se cria
e na sequencia se refaz
e o que é eterno se desfaz
e na aparência se copia.
Toda beleza que há, e havia,
e ventava altos e fundos,
se mostrava a todo mundo,
na Claridade que luz e luzia...
Sei que invento, todavia,
meus caminhos e sentidos,
e me encontro despedido,
mesmo quando inda nem ia,
já andava certo e perdido,
e chegava e nem sabia...
domingo, 4 de setembro de 2016
Sem senso ou cosseno
Nos amores que transitam
pelo mundo, mesma carne,
mesma terra, queima e arde,
os velames os rumos apontam...
Nestes, os dias de Sol convidam
a ver então lindos nasceres,
arrebóis de pão de só prazeres,
dos que por nós são, e nos orbitam...
E o Eterno, vigia de dentro,
enquanto penso pequeno,
sou anti-universal, mais terrreno...
Mas nenhum laço será prendendo,
e eu da vida, e da criação me enceno,
e me lanço, sem senso ou cosseno.
sábado, 3 de setembro de 2016
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Da bagaceira de nossa elite esfomeada
Nestes dias, vago,
da dor da história
me escavando a memória,
drenando lagos,
fazendo rios correntes
de contaminantes,
dos que num instante
matam tudo e gente...
Uma Mariana enxurrada
passa pela vida brasileira!
E na janela, debruçada,
vejo nossa gente, assustada,
vendo se repetir a bagaceira
das mordidas da elite esfomeada...
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
É MEU!!!
Um homem gritou:
"É meu!!!"
E o pivete correu,
e a Polícia, bateu, e matou!
É verdade que o gritante,
nem suas propriedades,
tão reais majestades,
não encontrou com o meliante...
Mas o prazer extasiante,
de ver o pivete agonizante
já valeu!
Sem falar do fator economizante:
Menos delinquentes,
pra pegar o que "É meu!!!"
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