Violeiro, mas antes de tudo, Mambembrincante. mambembrincantes@gmail.com (61) 99255-4066
sexta-feira, 30 de junho de 2017
quinta-feira, 29 de junho de 2017
Nostalgia
Silhuetas de casas
brotam no tempo:
O que antes era mata,
redesenhado em concreto...
Nas campinas do planeta,
nos altos montes e vales,
nas planícies que se are,
e a comida nos prometa,
trocaremos noites e dias
pela insuspeita doçura,
que inspira e cura,
e se pode chamar Alegria,
ou quem sabe, a pedra pura,
pelo nome nostalgia...
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Broto de Araruta
do leite das lutas,
do suor das Ararutas,
e seu dorso de Paz...
Um cozido mexido,
feito com paciência,
gera delícia e urgência
de tudo ser parecido...
Eu, de meu lado, venho
cantando no tempo,
ventando e vertendo...
Fazendo, franzindo o senho,
errando longo e lento,
brotando-me por dentro...
terça-feira, 27 de junho de 2017
Pranto
Tem dia que dá
uma vontade de nada.
Sabe? Uma dor mal curada,
desinventando-se no ar...
Tem dia que eu
sinto ganas de distâncias,
solidão de ganâncias,
inexatidão de breu...
As vezes assusta
a cara de espanto
que sucede ao canto,
porque parece injusta!
Àquele que nos deu tanto,
só lhe damos este pranto??....
segunda-feira, 26 de junho de 2017
domingo, 25 de junho de 2017
Jornada
Cada dia, e suas horas,
se repetem eternamente,
feito brigas de gente,
feito amor que demora...
Cada brisa que sopra,
leva e faz continuada
a peleja da caminhada,
que é, aqui, a obra!
Feita de suor e ousadia,
construída de passos,
pra além do embaraço
pra lá da Luz do dia:
Uma casa levantada,
de cada passo da jornada...
sábado, 24 de junho de 2017
De si
Era uma possibilidade,
várias, mutantes diárias,
instantes e multifacetárias,
em todas esta verdade:
A vida segue e vai!
E o que se vence e linda,
e pela vida ginga,
é quem levanta, se cai...
E tudo se poderá ser,
se poderá sentir,
ouvir, cair, ferver,
e cada pedaço do existir,
em cada um verter,
e o céu de si, subir!
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Todas as sinas
Quando em mim ventou
a criação, com seus cheiros,
eu me fiz por inteiro:
Um tempo que se inventou...
Quando alguém disse
que a vida passa
que a uva e toda a Graça
das frutas des-existisse,
algo em mim não acreditou!
Alguma coisa no peito
desdisse aquele des-jeito,
e um grandioso baile, inventou:
Com princesas todas as meninas,
e generosas todas as sinas...
quinta-feira, 22 de junho de 2017
quarta-feira, 21 de junho de 2017
Nem lembramos mais...
A cidade é uma invasão
em tudo do genoma humano!
Faz este absurdo urbano,
e recobre todo o chão...
Em nossa urbe inventada,
gentes e bichos tratados,
como os pedaços tirados,
das carnes e partes cortadas...
Nossas casas envenenam
rios, matas, caminhos!
Nós cercamos de espinhos
velhas trilhas que orientam
migrações mais que ancestrais,
das quais não nos lembramos mais...
terça-feira, 20 de junho de 2017
Em busca da força
Era um jeito, uma saída...
Uma leitura inexata
um pedaço de nada,
de uma grande ferida....
Um cantador animado
trazia cá pro seu canto
figuras de amor e encanto,
e cantava os seus recados...
E o mundo mesmo doendo,
refazia-se em arrelias,
retumbava da força dos dias,
pra que a vida viesse acontecendo,
e cada um de nós hoje possa,
estar vivo, em busca da força...
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Ou no bravio
Um café, um cardápio
uma lista sobre, repousa,
pra fazer as tantas coisas,
cada dia, um desafio...
Esta luta me conduz
ao pátio da escola
na sala ao lado da sala,
e à vela que nela reluz...
A eternidade venta
em certezas azuis
e mares e rios...
O meu peito tenta
ventar como quem flui,
em casa ou no bravio...
domingo, 18 de junho de 2017
Eras da Natureza
Uma sombra do dito
uma palha no disperso,
um planeta no universo,
um cantinho infinito...
Eu, que em tudo ventei,
nestas cores de azul,
em canjas, cadeiras, Cajus,
e no que me inventei,
me portarei ereto,
como a fina fragrância,
como alegria de infância,
ou o mais pesado concreto,
uma manhã de certezas,
ou as Eras da Natureza...
sábado, 17 de junho de 2017
De Passarinhos e Estrelas
Falo aqui, de uma Poesia,
que é tão mais do que esta,
que nos fez, chão e frestas,
e emite a Luz do dia...
É dEsta que digo.
E nem perto chego,
nem a sombra enxergo,
mas, segue comigo,
este desejo de vÊ-la...
E ouvir suas cantigas,
muito mais que antigas,
do som, a própria tela!
Canções de cachoeiras,
de Passarinhos, e Estrelas...
sexta-feira, 16 de junho de 2017
Cantiga
Uma cantiga, somou-se
ao coro de quem ardia
as velas de cada dia,
ao largo, que ampliou-se
em mar aberto e vento,
e velas a todo pano,
e dores e desenganos,
e alegrias e contentamento...
Sei que se cantou!
Eramos tantos vertendo
um canto que crescendo,
ao encanto nos levou,
e leva, enquanto tecendo,
este cantinho, eu vou...
quinta-feira, 15 de junho de 2017
Domus
A cidade as vezes
se abre em risos,
em sons de sinos,
com senões e revezes...
A cidade sabe e trata,
com a toada seguindo,
a cachorrada latindo,
e a Caravana na estrada...
Só me lembro do abalo,
da tristeza passando,
estrelas clareando,
e tudo de um estalo,
cada flor colorindo,
e o novo surgindo, re-surgindo...
quarta-feira, 14 de junho de 2017
Faisca
A faísca no ar chispava.
Um evento visto,
invisível sentido.
Uma sombra ampliava
o espectro do clima,
e tudo era menor, de cima...
E um eu, de dentro de mim
cantava versões antigas,
das mais velhas cantigas
que soam pelos capins,
que voam pelas escolas,
que existem, antes das horas
chorando em colos de senhoras,
me inventando na Viola.
terça-feira, 13 de junho de 2017
Da dor
Uma dor está presente.
Um jeito de entender
este (des)mundo, se tecer,
e nos fazer. Toda gente...
Parece se compor de ar,
mas a água, a leva e traz.
As vezes se parece com a Paz,
mas aqui e ali faz guerrear...
Uma dor sua, minha...
De qualquer um por perto,
pode saber de certo,
que alguma dor chapinha...
Sei que chegará o dia,
De ser sem dor, a Alegria...
segunda-feira, 12 de junho de 2017
Da fibra
A imensa infinitude
branca que se abre
cada vez que arde
cada Poema que invade
esta minha casa
este meu quintal,
que, bem ou mal,
me suporta as asas,
com que voo longe,
pra estes tão sem fim
pedaços distantes de mim
e eu conhecer o que expande
de tudo que existe e vibra,
do que tem, ou não, fibra...
domingo, 11 de junho de 2017
Da água
Sobre a água, nada fui...
Na sua estrada, o rio vai,
e se na cachoeira, cai,
seu corpo canta e flui.
Cantiga de cascata,
semelhança de infinito,
as cores dos Benditos,
e a Paz havida nas casas....
A água é que canta!
Os que nos atrevemos,
apenas a imitamos,
na música que nos espanta,
e nos faz sentir a sede,
dest'água que a vida nos cede...
sábado, 10 de junho de 2017
Deste mito
Observando as abrangências,
que vivemos, de susto,
(de estarmos tão às beiras)
ainda inconscientes de tudo,
equilibrando a vida nas tangências,
(com carros movidos à fogueira)
andando no meio dos fundos...
Examinando a vida inteira,
(meu examinar vagabundo),
pergunta o porque da bagunça,
o porque desta dor no mundo,
o porque desta grande zoeira,
que ensurdece e cala a dança,
e mata o que é fecundo...
Olho, escuto, sinto, admito,
que o mundo se criou deste mito...
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Das trilhas
À noite, nunca me calo,
como fizeram ancestrais,
com seus medos animais,
e histórias de desmantelo...
A madrugada, não apaga,
esta força que me excede,
e no que é meu, explode,
e pede que a ame e traga...
As vésperas, antes, dias são,
vertentes do seguir,
riscados de estrela partir,
"cadentes", de imprecisão,
pois que o escuro se brilha,
céu noturno, clareando as trilhas...
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Existir
Cantiga certeira, leve,
invadiu meu dia claro,
cantou-me em sons raros,
em melodias breves,
eternas, passageiras,
rompendo-me as fronteiras....
Eu transitava e me ascendia,
em transes de sentir as velas,
delicadamente singelas,
feito as cantigas do dia,
que esticam e levam adiante,
os que nos sonhamos navegantes...
Então, nada mais que as mãos,
conduzindo as cordas,
amarrando pelas bordas,
costurando cada bordão,
de dizer que, antes, seguir,
esta missão sem senso: existir!
quarta-feira, 7 de junho de 2017
Todo quem
No começo das vias,
das horas, das mesas,
da garras e Deusas,
dos continentes e dos dias,
eu era vagante e parado,
feito asteroide passante,
desfuncional e distante,
e existia por todo lado...
Nos princípios dinâmicos,
tudo explodia em mim,
e o início tinha cara de fim,
e dançava gestos mecânicos,
cantava as canções de além,
pra que se criasse todo quem...
terça-feira, 6 de junho de 2017
Repostura
Triste postura,
leve, imensa, pensa,
candidamente tensa,
de cada, e toda criatura...
Somos candelabro
que carrega velas,
e põe seus ventos contra elas
pra manter o escuro aceso.
Em que consiste
este meu turvar
dos claros do mar,
que ainda resiste?
Penso que, pela força do ar,
havemos deste tudo, mudar...
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Do que nos bordamos
Eu me verti em choro,
em palavrório e sina,
nos vinhos das cantinas
e seus divertidos molhos...
E me senti pequeno,
como o grão que flutua,
neste universo, e atua
como o chão em que vivemos...
Em terra, em casa, na rua,
cada um de nós amarra
presença que em outra esbarra,
e nestas todas insinua
que a lida fará transbordar,
bordando-nos em fogo, terra, água e ar...
domingo, 4 de junho de 2017
Macambira
Onde a Alegria vira,
e torce o Coco, e quebra,
desfaz o mal da regra,
e enfrenta a Macambira,
pra encher o cesto,
de corda torcida,
das cores da vida,
entre o longe e o perto...
O que em mim carrego,
é sonho feito a brisa:
dispersa e concisa,
rio ainda em rego,
mar de eternidades,
nadante singularidade...
sábado, 3 de junho de 2017
O entendimento e a graça
O retorno, o entendido,
o que ficou, d'outro jeito,
entre redundo e suspeito,
é este mundo, construído,
por nós, os moradores,
deste planeta/casa/corpo,
largado, vivo e torto,
por ser quem sente as dores...
Então, nossa vida testemunha,
a leveza das Andorinhas,
a beleza das Joaninhas,
da preguiça, e suas unhas,
da Águia que a caça,
mostras da infinita graça...
sexta-feira, 2 de junho de 2017
Alegria
Fazia uma manhã fria,
nem longe, nem só,
de igrejas de rococós,
e Sabiás e Cotovias...
Cantei, um sopro, saiu.
Voei sobre os escombros,
mesmo dando de ombros,
pois a sombra me cobriu
e a isto que agora choro,
em Canto e Poesia,
em pratas, e pedaços de dia,
e potes do único tesouro
que importa e dá alforria:
A Liberdade da Alegria!
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Pazes
O dia se construiu,
nas corridas e levezas
se ergueu sobre as lidas
e as coloridas mesas,
onde por fim, fluiu...
As horas ganharam cores
frescas, leves, densas,
inexatas e suaves,
belas, graves, lentas,
muito além destas dores...
E feito caldo de luzes,
cada cena se ajusta,
e em velada astúcia,
faz-nos refazer as pazes...
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