Quanto de mim,
sobra?
Quanto capim
comerá o burro
que trabalha na obra,
as pedras subindo, no morro?
E quando enfim,
cobra,
o destino chinfrim,
pra se dar murro,
em pontas e sobras,
onde fico, e pr'onde corro?
Eu quero desverter
as garras da dor,
e vê-las sem cor
sem par e prazer...
E ver aportar
um barco que sendo,
de mim vai correndo
pra um dia ser mar...