terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mas, pra quê?

Tanta lida, tanto sofrimento
Tanta dor e a sensação de que, afinal,
Pra que tanta peleja com o sentimento,
Com o consentimento da coordenação eternal,
(É o que passa, afinal, pelo meu pensamento...)

E olhar pra tudo, e ver que mesmo quando
As coisas começam a se ajeitar, se encaminhar
Fica no ar a sensação forte de que só o passando
Em sua passada, depois de tudo, é o que vai sobrar
(Mesmo depois de tudo que se foi formando)

E assim, vou vivendo, e a vida em grandes goles sorvendo
Passando pra além do que se passa em eterno por mal,
Que as coisas más e boas da vida, garganta aberta, vou bebendo
E te garanto meu amigo, de forma nenhuma será em um dedal.
(E dia a dia, pela vida só me resta ir morrendo)

E pergunto, entre onde(s), quando(s) e porquê(s):
Em que lugar o sentido se esconde, mas pra quê?

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