segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Um poema pela manhã

Nesta manhã de bem-te-vis celebrantes
Antes de uma grande parte dos trabalhadores
Do meu país procederem seus levantes
Me pus a cantar aqui meus amores
Que a vida tão generosa aos infantes
Trocou comigo, pelos meus salgados suores!

Sim, por que infante é quem se propõe
A não aceitar o peso per si da gastura
E se levanta e encara o que se expõe
Na vitrine em que a própria vida pendura
As carnes dos sonhos de quem não se dispõe
A andar para além do final da aventura

E devo então ser grato aos bem-te-vis
E aos sábias, saíras, pardais, acauãs
E aos limões, goiabas, mangabas, pequis
Amoras, araças, laranjas e romãs
Pela grande alegria que é hoje estar aqui
E poder compor este poema pela manhã!

Nenhum comentário:

Postar um comentário