Meus amores sempre me propiciaram a liberdade
De cantar e soprar meus cantos em doces flautas
E sonoras Violas com que fiz de verdade
Dançarem tiranos, cantarem sopranos suas notas altas
E as notas de idade e alturas impensadas
Me deram o perdão pela vontade de não estar,
Me encheram os vãos com as notoas nunca soadas
E impuseram suas mãos sobre mesas de bar
Pra livrar-me do peso inaudito de quem ama,
E ama a veloz e insensível beleza de seu lugar
Mas não perde o oportuno de ser leve como a cama
Que abre as portas de tudo na leveza do ressonar
E nos apresenta a todos como tivéssemos fama
Nos mostrando as mais diversas formas de voar
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