quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A cidade e suas faces de medo

Da janela escuto o som impiedoso das sirenes
Que anunciam que o carro de polícia vai passar
Que apontam o desespero de quem se treme
Só de pensar, na truculência, só de pensar...

Que o pobre vivente assustado só se assusta
Com a violência do mais forte que amedronta
Quem não conhece sua condição que sempre busca
A solução pro seu caminho que desaponta

Aos seus, sua família que espera fartura
Que espera riqueza, semelhante ao do enredo
Da novela, em que vida é sempre menos escura

E tudo e todos se fartam em farto arremedo
Da mentira que a ganância cria da usura
Pra esconder a cidade e suas faces de medo!

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