segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Afinal, virá!

Corro, tenho antes de todas as outras coisas corrido
De um modo que muitas vezes beira a insanidade, é descabido.
E ainda assim nem sempre encontro a razão, o sentido
Pra esta toda corrida que busca o razoável alarido
E eis-me aqui sem fôlego ao final da carreira,
Vendo nada além de estrada e de densa poeira.

Busco então na memória anímica da peleja a razão que me levou a buscar:
Que queria eu quando começou este movimento todo, que vemos por aqui?
Queria um sopro de alegria, um vento carregado da alegre maresia do mar?
Queria uma casa pendurada na montanha nevada onde pinheiros assistim esquis,
Que descem a toda velocidade, feito filmes que nem sei se de fato assisti?

Que busco eu?

A definitiva melodia, da músia eterna que sonho compor?

Nem sei bem, o que busco, sei que quero estar com minha companheira,
Amada amiga, por quem meu corpo vibra, e de quem inteiro, quero inteira...

Sei que quero ver pequis e pores do sol, ao lado dela, na sombra de sucupiras,
Na sombra de carvoeiros, com meus filhos, netos, amigos e irmãos, longe das miras
Do doideira insensata do mundo.

E perto do amor que vira, e sempre me dirá:
Persiste, que afinal, virá...

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