Sou uma criatura rude, que rompe nos peitos
As cercas da própria, e muito limitada, compreensão
Como quem busca encontrar entre seus erros, jeitos
De não ser rude, não ser atrapalhado, ser são.
E este buscar no mais das vezes se mostra duro
Como o romper das cercas de que falei acima
Endurece o peito, que quando criança era tão puro
Que encantava a vida, e compunha cantos, danças, rimas
Mas, eis-me aqui, solitário cavaleiro que se pretende andante
Solidário tão sozinho como em um formigueiro a formiga
Como a palmeira na mata, entre madeiros mais importantes
Eu, rústico poeta que só conhece a própria cantiga
No fundo peço que os amigos tenham paciência diletante
E em minha caminhada supram minha carência de mãos amigas!
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