A chuva forte que banhou minha terra neste dia
Com o vento que penteou capins, soprou tristezas,
Pra terra mandou fecundidade em gotas de alegria
E pra nós, pobres homens permitiu ver intensa beleza
Ver, ouvir, sentir, tatear, lamber, provar, cheirar
Os gostos e texturas que na natureza se apresentam
Neste momento das forças de expansão e retração em pleno ar
Neste encantamento que em nossa chuva se acalentam
Nossos sonhos, pedaços de esperança que se materializam
Em ramos e troncos, espinhos, arminhos, trepadeiras
Em Baobás e Samaúmas, Pinheiros e Sequóias que se eternizam
E nós, em nossa alegria de ver atrás da janela, da cadeira
A chuva sagrada do calor que em casa se disponibilizam
Nos aromas sedutores e inebriantes de flores e madeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário