quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Manter a esperança, quando do mar, já se vê a praia

A travessia por vezes parece não ter perspectiva de fim
Parece que tudo que existe é o mar pra se atravessar
Que a proa da canoa é a única coisa além deste mar e de mim
Que o remo e a banqueta são o único alento neste mar

E ainda assim, quando não se vê ao longe réstia, sequer, de terra
Ao marinheiro resta empunhar forte o sagrado remo em suas mãos
E o remo é tudo que de bom a Divina Natureza, a ele, encerra
É o alimento, a sombra, a água, a cura da imensa mágoa, o pão

Que manterá vivos o marinheiro e sua ansiosa família
Que cuida com a chama acesa pra que a esperança não se esvaia
Pra que quem lá do distante mar vem, veja a vigília

E sua alegria não mude, e em desespero profundo não caia
E suas forças se mantenham pra contar sua aventura idília
E possa manter a esperança, quando do mar, já se vê a praia.

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