quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Em que meu cantar se faz...

Eu tento apenas cantar,
Como forma de seguir,
Apesar de tanto peso e pesar,
Como alternativa à este lugar,
Que insiste em comigo insistir...

E vou,
Entro morros afora!
Mares adentro!
Avançando onde a geografia igonora,
Velejando mesmo sem vento,
Rumo ao que sobrou.

Sigo patofeiodesgarrado!
Sou a sombra de uma eternidade
Onde o tempo assustado,
Grita por sua infinita saudade...

Saudade daquilo que nem se lembra mais,
Mas,
Que já passou....

Saudade porque sua ruidosa vaidade,
Vai,
Mas nem idade deixou.

E assim vou me fazendo cantar,
Porque minh'alma sem canto,
É roseira com perfume de almíscar,
É criança reprimida deixada num canto.

E assim, o canto me canta,
Que nada mais existe além da ode,
Que pela eternidade se levanta,
E canta mesmo quando não pode!

Sou o sopro da respiração nas cordas vocais,
Sou as poucas cores que meu canto
Nas línguas, cada uma, um esperanto,
Em que meu cantar se faz...

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