quarta-feira, 7 de março de 2012

À luz da Lua

Sentado neste banco, enquanto espero,
À luz da Lua,
Com meus papéis, canetas, e o desejo de compor sincero,
Sob a sombra de decenárias leguminosas
Ouvindo a sinfonia que proclama a rua,
Componho minha música modesta e frondosa
Que tem em si iscas dos brios dos Charruas,
Unidos às vagabundagens de boas prosas.

Enquanto espero, aqui, neste banco
Vou compondo versos diminutos grandiosos,
Que seguem seu caminho com seu passo manco,
Que correm desengonçados atrás de cachorros vagarosos,
Mas nunca os alcança,
Pois que deste brinquedo, o encanto,
É se permitir o prazer de correr desprovido de propósitos,
E ser apenas brincadeira de criança.

Tudo isto,
Neste banco que me empresta seu apoio irrestrito,
Onde minh'alma flutua
E compõe versos vadios, à luz da Lua...

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