quarta-feira, 11 de abril de 2012

Galo cantou

Apenas sei do que não sou:
Não sei do que poderia,
Se sobrasse do que não sobrou
Se voasse na ventania
Se soprasse alguma melodia
Se pudesse cantar o que ainda não se cantou...

E olha que eu reconheço que se conspirou
Pra que a minha estadia
Em que o vento se soprou
Nas grandes areias vazias
Com suas noites eternas fugidias
Nestas praias em que meu navio encostou,

Quem pode fez o que pode,
Mas não gostou,
Apenas o fez porque quem é bom acode,
Mas a mim, e ao meu barco, na correnteza da des-vida deixou...

Nenhum comentário:

Postar um comentário