sexta-feira, 13 de abril de 2012

O tanto que a vida pode ter de bonito

Me deixei, hoje, de novo, cantar.
Eu mesmo não tenho sempre esta certeza
De que cantar eu mereça ter à mesa
Da vida que levo, enquanto a levar.

Mas eu, temerário inconsequente e perdido
Sigo cantando porque nasce de mim
Este canto que tem só valor de capim
E que na verdade é mais um pedido

De que algum dia termine este pesar
Que dói em minh'alma e por que permito
Que o canto seja como unguento a aliviar

Como nas madrugadas o cantochão bendito
Que desperta do sono chamando pra cantar
O tanto que a vida pode ter de bonito.

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