Estanquei diante da água do banho
Neste momento ímpar me deparei
E ali, diante do banho inevitável
Que se foram quando a água fez lemas
Nas mãos toalhas, sandálias,sabão
Toucas, sujeira, canseiras, roupão
Estava eu paramentado e estranho
Com a felicidade leve como um rio
Com a improbabilidade de um rombo no fio
Com que minha vida, aqui, amarrei
Me deixei pensar nadas e poemas
Numa sucessão de versos inenarrável
Que se foram quando a água fez lemas
Da limpeza necessária e insofismável
Da leveza graciosa e serena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário