quarta-feira, 2 de maio de 2012

Diante do banho

Estanquei diante da água do banho
Nas mãos toalhas, sandálias,sabão
Toucas, sujeira, canseiras, roupão
Estava eu paramentado e estranho
Neste momento ímpar me deparei
Com a felicidade leve como um rio
Com a improbabilidade de um rombo no fio
Com que minha vida, aqui, amarrei
E ali, diante do banho inevitável
Me deixei pensar nadas e poemas
Numa sucessão de versos inenarrável

Que se foram quando a água fez lemas
Da limpeza necessária e insofismável
Da leveza graciosa e serena.

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