sábado, 19 de maio de 2012

A melodia de todos os cantos

A vida dói dores qualquer que seja o canto
Do corpo daquele que naquele momento sente
Doloroso e dolorido está sempre o vivente
Porque a dor, da vida é inerente, eis meu espanto

A realidade é que perceber este dolorido estado me espanta
E sempre me espantou, em todas as vezes acontecidas
Uma vez que antes de tudo meu espírito sonhava que a vida
Era a materialização desta alegria que minha poesia canta.

Então, me resta ao reconhecer a tão natural e corriqueira dor
Fazer dela a matéria prima da construção do encanto
Pois que se sei do que dói, do amor também sou conhecedor

E dos feitiços da beleza tantas vezes compus acalantos
Com que ninava meus filhinhos no meio do vento aterrador
Que soprava as melodias que eu recolhia de todos os cantos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário