segunda-feira, 14 de maio de 2012

O que buscam as hostes

Numa manhã qualquer da vida vi hostes:
Vi hordas de sem-pátrias que se aventuravam
Por caminhos sem volta,
E, por fim, se encontravam
Onde nada faz sentido, onde tu não notes
Que de tudo que havia, nem uma nota
Se solta pra além dos sentidos,
E os ouvidos, sempre tão fortes
Chamam pelo perdido alarido
Que o pecado mais antigo
Canta numa noite perdida, onde os fortes
Se aventuravam em terras de conquista,
Terras novas, onde a vista
Se solta feito um potro novo, e forte
Um povo que o povo do leste,
E um povo do sul, do grande monte azul,
E um povo, que oh! Deus, nos deste, um povo do Oeste,
E por fim, das terras carmim, um povo do norte,
Todos estes povos, sonhavam com o tal potro,
A liberdade com que sonham todas
As hostes.

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