Eu me peço silêncio,
Quando me pedem silêncio,
Pra que possa um dia, quente ou frio,
Ser cônscio.
Eu me peço verdade,
Quando a verdade me cerca, pra que a verdade venha,
Como as cercas das terras que me cabem,
Ainda que, ainda, não as tenha,
Antes que a vida se acabe.
Eu me dito textos de felicidade,
Quando a tristeza mostra os dentes
Nos campos, campinas, cidades,
Nas ladeiras, romarias de gente,
Como fosse eu indisciplinado penitente.
Eu me imponho animação,
Pra realizar o impensável,
Como fosse um texto decorado na estação,
Do trem que me levará ao desejável.
Eu viajo por caminhos de tantas cores,
Como visse o fim de tudo,
Nos começos da estação das flores,
Como fosse maestro do absurdo.
Eu não sou mais que vago malungo,
Sonhando casas e carneiros,
Arroz com pimentas, com cheiros,
Amando menos à mim que ao mundo.
Quando me pedem silêncio,
Pra que possa um dia, quente ou frio,
Ser cônscio.
Eu me peço verdade,
Quando a verdade me cerca, pra que a verdade venha,
Como as cercas das terras que me cabem,
Ainda que, ainda, não as tenha,
Antes que a vida se acabe.
Eu me dito textos de felicidade,
Quando a tristeza mostra os dentes
Nos campos, campinas, cidades,
Nas ladeiras, romarias de gente,
Como fosse eu indisciplinado penitente.
Eu me imponho animação,
Pra realizar o impensável,
Como fosse um texto decorado na estação,
Do trem que me levará ao desejável.
Eu viajo por caminhos de tantas cores,
Como visse o fim de tudo,
Nos começos da estação das flores,
Como fosse maestro do absurdo.
Eu não sou mais que vago malungo,
Sonhando casas e carneiros,
Arroz com pimentas, com cheiros,
Amando menos à mim que ao mundo.
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