terça-feira, 18 de setembro de 2012

De mim

Só parei quando cessou o sopro!
E, pó, ainda assim,
Feito areia fininha de rio,
Fiz-me transparência sem fim,
De pavio, vidro e fio,
Pra mostrar-me o tanto que sofro!
E do tanto que sobra,
Deste sofrido
De mim!

Só me estanquei quando se apagou o fogo!
E, cinza, e brasa carmim,
Pude ainda abrandar algum frio,
E algum conforto pude dar, assim,
Ao existir, o maior desafio,
Sendo eu este ser ignóbil e bobo
Que de sua inutilidade esnoba
De quase nada
De mim!

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