Espero nunca me cansar de mudar,
De ser novo a todo momento que pulsa,
Pois pula, pulula em meu peito a repulsa,
De pensar um dia, em não mais pensar,
É certo que tudo que justifica a vida,
Faz o eterno movimento, ondas do mar
De ida e de volta, redemoinhos no ar
Onde se projeta, constrói, e dói a lida.
Que não tem que doer, mas ainda não sei
Tudo que tenho que saber pra não deixar
A dor fazer seu ninho no meu caminho-lugar
E que haverão flores sem espinhos, eu verei
Pois o tempo novo de tudo começa no começar
No partir pela estrada, rumo ao prazer partilhar
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