Nesta manhã sem café me pus a cantar louvores,
Cantei os clamores que a vida antes pedia,
Como o canto sublime que ecoa da pequena gia,
Atrás da pia, atrás do fogão onde o pão cheira amores...
Meus cantos de peregrinação no seguir destes caminhos,
Sendo o chão de meus pisares os meus cantos de criança,
Rodas e pilares onde se firma minha prodigiosa esperança,
Que alivia as dores, sublima calores e põe fora espinhos,
Pois ali, ali mesmo suei meus calores de fé e amizade,
E nesta manhã de venturas me ponho a sonhar carinhos,
Pra poder chegar a uma certeza que só pode dar a verdade,
Que sonho em ter comigo, e cada manhã me promete ancinhos,
Com que cortar os visgos sagrados da beberagem da eternidade,
Que me brindou com a presença que me sacraliza os caminhos.
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