sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Dança Infinita

Carrego hoje o dever de seguir, apesar do apesar,
Da dor que ventila meu peito, soprado de dúvidas,
Chuva fininha, gelada, colada nas vestes húmidas,
Como já tantas vezes me vi nos balanços do mar...

Sinto forte esta sentença marcada à brasa no peito,
Como fosse aquele grito que dei, tanto tempo atraz,
Minha canção, dor e alegria que em meu canto me faz,
Meu destino de cantar, desde a manhã, até a hora do leito!

Esta é  minha grande sorte, que antecede à própria vida,
Como uma graça que se apresenta sem razão aparente,
Como um menino ansiando por entender o que não entende,

E se entrega à paixão de descobrir a razão destas lidas,
Deste criar Co-Divino que em nosso ir e vir, nos habita,
E pelo seguir nos lança nas águas do novo, Dança Infinita!

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