quinta-feira, 25 de abril de 2013

Do planeta, minha sede

Mesmo aqui, onde o burburinho da cidade canta,
Seu canto de "som lá longe", se ouve o bem-te-vi!
Se ouvem  pardais,  pixorolês, assanhaços e chupins,
Como voassem por sobre os carros, nesta missão santa,

Que é nos lembrar deste planeta onde nosso mundo está,
Nos fazer re-encontrar com a sensação de que é um lar,
Esta nave entre estrelas que nos conduz ao nos encontrar,
Nesta viagem desde longe de casa até o retorno pra lá.

"Nossa casa não é aqui!", nos dizemos porque sentimos.
Mas, se aqui é só sofrimento, como é que o Uirapuru,
Com seu canto paralisa o canto de tudo na mata, no céu azul?

E nós sentimos isso? Como é que pode isto afetar o que vimos?
Quando escuto os periquitos passando alegrando o dia de verde,
Aqui, no burburinho da cidade, matando do planeta minha sede.

Nenhum comentário:

Postar um comentário