sábado, 18 de maio de 2013

A Poesia e o Mundo Novo

Estamos aqui, nesta nave planeta,
Pra dar um jeito de chegar ao fundo,
Da condição que nos trouxe a este mundo,
E todos nos gritam, pra seguirmos a tal seta:

Que mostra o caminho da direção que tomar.
E nós, a temos tomado:
(Sem pensar, sem cuidado!)
-Manda quem manda, obedece quem obedece.
-Sonha quem, a quem manda desobedece.

E assim temos caminhado,
E por mais janelas que atravessem nossa estrada,
Olhando de lado a lado,
Nada indica a presença da Paz procurada.

E assim seguimos, os viajantes da incerteza,
Nos firmando apenas na firmeza de que neste caminho, tão puxado,
Vem o Sol, nas manhãs frias, carregado de toda beleza,
Parecendo ser a única consolação entre tudo que nos é dado...

Mas eis, que quando menos se espera, chega a Poesia.

Desconstrói palácios com a mesma pompa e galhardia,
Com que auxilia lesmas tensas a atravessar a rua,
Ou repreende patos pela gritaria desafinada e crua,
E cria pontes entre nadas e infinitos, molha os pés nas poças frias,

E ao criar o impensado, passa muito além da rebeldia,
Que vai contra, e fortalece o objeto combatido,
Que afirma ao negar o contrário, negativo transvestido,
Um mundo novo, um novo Rosário, de contas de alegria.

E nele, todos seremos seres de ócio, gentileza e trabalho vivido,
Como parte da dádiva de criar, esta, a essência da Poesia.

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