quarta-feira, 5 de junho de 2013

O verde e alma plena


O verde tem cores de verde numa manhã cinza,
Que mesmo vertendo retina meus olhos se pançam,
Se dançam da virtuosidade da jovem menina,
Dançando no verde da manhã, cinzando onde se lançam,

Onde se esbaldam da verdura fria e sem Sol,
Uma espécie de Samba sem cartola e Mestre Sala,
Uma cantiga finita que nasce infinita no arrebol,
E se põe como uma urtiga, faminta, querendo rala,

Rala, rala, a pele clara vermelhidada pela coceira,
Da moça fiandeira de tecer mazelas e feridas,
Mas que tem frutinhas, galhos e ninhos, mantém a vida,

O verde se mostra como quer a quem quer inteira,
A beleza da criação, que aos magos mostrou cenas,
Que aqui só sonhamos, até que sejamos almas plenas.

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