
A graça da menina, passageira,
Feito eu, que passei da vida parada,
Mostra que o movimento, é sempre a estrada,
Mesmo o carro sentindo vento e poeira...
Porque não é ele, mas ela quem vai,
O chão é que anda, e a gente,
Acha que somos nós os moventes,
Quando não somos mais que ventos e ais.
O chão é que se move no nada,
Em volta do Sol, soberano,
Um tanto e outro tanto, ano a ano,
Fazendo a gente parir madrugadas,
Onde o Sol vermelho pinta,
E a criança passageira, infinita.
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