quinta-feira, 25 de julho de 2013

Do que cantamos e cozemos

Minha música nasce em muitas antiguidades,
Em muitas idas e vindas e vidas sobre carroças,
Sobre as rodas de um carro a cruzar roças,
A cruzar pastos, deixando rastos de sonoridades...

Minha música nasce do que em mim ficou,
Se fiou dos fios tantos que plantamos, e cardamos,
E lavamos e fiamos e tecemos e nos damos,
Panos de sons, canção que o infinito me cantou.

Minha música nasce das imagens que me lembro,
Imagens da cor do sangue que tanto já vertemos,
Aragens que respiramos quando da guerra nos perdemos,

Quando no Amor com suor e alegria, Amor sendo,
Cada vez, e mais, e sempre eu e tu re-fazemos,
O que aqui viemos, o que cantamos e cozemos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário