Me encontro, quando largo-me ao largo,
Como uma manhã sem rumo, um passarinho,
Que voasse no sentido oculto, e antônimo,
Qual gesto de rasura em que uma manhã abarco...
E sigo entre morto e temperante, vivo e esfuziante,
Como uma porção de sonhos a me tecer,
Como uma razão sem pontos, onde descer,
Quando chegar, quem encontrar, meu ser presente,
Por minha lapidaria rota, certamente.
Mas, a quem dói, de que lhe vale saber,
Que a dor da passada, que se faz descer,
Sobre o costado da Burralha, a puxar a canção dolente,
Do Carro de boi que canta, seu canto de parecer,
Toda dor e todo encanto, eu a passar a ser.
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