
E foi que certos olhos pequenos,
Perdidos nas dimensões do inexato,
Nas imensidões do que foi cantado
Cantou-me encantos de mundos serenos,
E eu ainda vejo com, os seus olhos,
Como quem vê por si, e por outro
E do outro vê o sal, o pimento, o couro,
A lida, a voz, e a vibração de cada molho.
E o olhar, que deduz o que não se vê,
Antes pede o infinito: prestar atenção
No que cantam tais olhos mesmo quando não,
Mesmo quando a vida parece querer
Que nada mais se encaixe, e tudo, então,
Vire canto nos olhos pequenos, canção.
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