quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O novo e o tempo

Lindo desenho de João Caetano

Novas estradas, sempre, sempre se apresentam.
Novos caminhos gritam por todo lugar,
Chamando, nós, incautos preguiçosos: Trilhar!
Andar pra aprender porque é que ventam,

Os ventos, ar daqui que é de todo lugar.
Todo, cada um manifesto em pequenezas,
O sempre se terminando de incertezas,
O quando, ficando, ficando até a gente cansar,

E então, o caminho vem pra gente, se mostrar,
Como as curvas de uma deliciosa paixão,
Como o peixe que sobe o rio de estradas do sertão,

E vai ao Riacho do Navio, um sonho milenar,
Desta alma passarinho, passarei, passarão,
E só o novo com o tempo a ela apascentarão.

2 comentários:

  1. Cada soneto mais belo que o outro. Este é filosófico e romântico ao mesmo tempo e mostra a inquietude própria de quem vive a arte.

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  2. Chico Nogueira carrega em si a poética de Fernando Pessoa, na habilidade com o tema, na sagacidade da observação cotidiana. E vai, como Machado de Assis, no mínimo detalhe... do que nos passa despercebido o poeta constroi a Arte.

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